Único

416 69 30
                                    

Notas iniciais: vi esse tweet aqui e surtei. 

🏨✨❤️

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

🏨✨❤️

Marcelo deu um bocejo tão forte que sentiu o maxilar estalar. Sacudiu a cabeça para espantar o sono e serviu-se de um café da garrafa térmica que estava na mesinha ao seu lado. 

Olhou para o saguão do prédio, contente ao vê-lo finalmente vazio, os últimos torcedores que tentavam tirar fotos com o time do Botafogo tinham ido embora após um dos auxiliares técnicos informar que ninguém mais desceria dos quartos pois tinham que dormir para estarem descansados para o treino e o jogo no dia seguinte. 

Checou o relógio e viu que já eram duas da manhã. Entendia, teoricamente, o fanatismo que levava aqueles homens (e algumas poucas mulheres) a ficarem de vigília até a madrugada apenas para tirar uma foto, mas na prática achava uma palhaçada. Não se imaginava perdendo preciosas horas de sono por foto com ninguém. 

Pensou que finalmente poderia dar uma cochilada quando viu um homem entrando e parando na recepção. Rolou os olhos, meio irritado, imaginando que era outro torcedor, já que àquela hora, ninguém fazia check-in. Ele não usava a camisa do time, mas talvez só tivesse esquecido, vindo direto do trabalho ou sabe-se lá. 

Marcelo prestou atenção nele, discretamente. Era seu trabalho evitar problemas e um homem daquele tamanho poderia facilmente causar alguns. Devia ter um metro e oitenta, fácil, e com certeza frequentava academia e levantava pesos. O porte dele facilmente rivalizava com o seu. Ele usava uma bermuda preta, camiseta branca, um par de tênis discreto e um boné virado para trás. Não estava com uma mala, mas com uma mochila preta, simples. Num bolso externo, viu uma garrafa térmica preta e pensou que tinha o escudo do Botafogo, mas um olhar mais atento mostrou que era do Atlético Mineiro. 

Estranhou quando a recepcionista acenou com a cabeça e fez um gesto em direção aos elevadores. Então não era torcedor? O homem passou à sua frente e o cumprimentou com um ligeiro e simpático sorriso e um simples ‘Boa noite’ antes de entrar no elevador, que já se encontrava parado no térreo. Pensou que o rosto dele parecia ligeiramente familiar, mas não conseguiu identificar exatamente de onde o conhecia. Talvez da televisão? Não era muito de assistir novelas, mas sua esposa era e a acompanhava às vezes, mesmo que prestasse mais atenção nos joguinhos do celular. 

Deu de ombros, a identidade misteriosa do homem não sendo interessante o suficiente para impedi-lo de sentar na cadeira desconfortável, apoiar os braços na mesa, com cuidado para não derrubar a garrafa térmica, e deitar a cabeça nos braços para um merecido cochilo.

🏨✨❤️

 
Adriana franziu o cenho e olhou de novo para o monitor, onde o nome do visitante cuja entrada estava autorizada ainda estava visível. Thiago Lourenço. Era esse o nome que estava na identidade que ele apresentou, mas era um nome composto. Amaury Thiago. Parecia nome de personagem de novela mexicana antiga. 

02:12Onde histórias criam vida. Descubra agora