Curiosidades

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Gosto de me agradar sempre que possível, quando não é algum docinho depois do almoço, é uma frutinha que eu trago de casa, estou sempre pronta para qualquer fome durante o expediente.

Hoje quando cheguei no trabalho me deparei com uma menina, parecia um pouco estressada ou ansiosa, falando a verdade, poderia ser qualquer coisa, cara de satisfação que não era.

Ela estava usando uma calça jeans que marcava todo o seu quadril, uma blusa branca quase mostrando o seu umbigo, que pouco dava para ver o seu piercing. Seu cabelo era cacheado, corpo com um recente bronzeado de praia, olhos escuros e usava um óculos bem charmoso.

Tirei os olhos dela por um instante e me deparo com ela na minha frente.

- Você nunca me viu aqui, né? - Diz a menina que eu nunca vi por aqui.
-Não. E pelo jeito você é nova. - Fico um pouco desconfortável com o assunto.
- Nova? Sou uma mulher adulta, já tenho 22 anos. - Diz ela dando um sorriso um pouco indecente.
- Eu digo aqui na empresa, normalmente eu conheço os funcionários, e sua carinha eu não me recordo. - Retruco a piadoca dela.

Ela sai e deixa cair um papel que estava na mão. Guardo no meu bolso.

Volto para minha sala e vejo um agradinho na minha mesa, a Téo deixou um chocolatinho. Ela sabe me agradar.

- Achei que gostaria de um docinho depois daquela confusão lá fora. - Diz a Téo.

A Teodora é a minha melhor amiga de vida e de trabalho, nossa relação é tão boa que esqueço a nossa hierarquia dentro da empresa.

"Como assim que confusão lá fora? O que ela viu?" Penso de forma rápida e com um pouco de aflição.

- Confusão do que? Do que está falando? Não aconteceu nenhuma confusão! - Digo isso tentando ser o mais natural possível.

- Esqueceu do seu acidente? Ainda bem que foi só uma deslizada na pista. Sortuda. - Téo responde.

- Ah, acontece! O importante que ninguém se machucou. - "Como eu pude esquecer esse maldito acidente. Motoqueiro filha da puta. "

Aquela "novinha" me deixou curiosa, ninguém fala daquela forma. Enfim, que não seja problema, mas eu estou curiosa.

Ah, a Téo foi luz.

Eba, vamos de docinho pós almoço.

Não ceda as tentações carnaisOnde histórias criam vida. Descubra agora