Ela, sempre foi ela, a pessoa mais importante para mim, más eu sempre negava, me agraciava com seu sorriso lindo todos dias na faculdade Os olhos dela eram um poço transbordando pureza e alegria, más eu era soberbo e impuro demais para aprecia-la, a voz dela era tão leve e suave que até um simples "oi" pronunciado de seus lábios se tornara melodia, vivera com seu jeitinho alegre e descontraído sempre que estávamos juntos escondendo o que realmente sentia e o que se passava com ela, não demostrava dor ou fraqueza, ou talvez já, eu realmente não prestava muita atenção já que eu estava absorto no meu próprio mundo, minha vida social, meus "amigos", minha "namorada" a quem nunca tive sentimentos eu estava tão focado na minha popularidade que quase não falava com minha melhor amiga de infância, afinal eu não poderia ser visto andando com a "esquisita".
Foi um mês antes do término da facul, eu estava começando a ficar preocupado ela não faltava aula, nunca, eu confesso que fiquei a sós com ela poucas vezes entre os intervalos das aulas e raramente em a sua residência, nem sequer mensagens enviei, eu sou um péssimo amigo de infância. Prometi sempre estar ao lado dela, passaram-se alguns dias e resolvi ir até sua residência, bati na porta algumas vezes e ninguém me atendeu, parecia não ter ninguém em casa, 'sera que se mudaram?' me perguntava mentalmente, após algumas batidas resolvi desistir quando iria me virar para sair a porta se abriu e de lá saiu a figura do pai da minha abelhinha, ele parecia abatido e cansado seus olhos estavam vermelho e inchados denunciando as lágrimas que antes caira, nesse momento meu coração desacelerou e o que veio a seguir foi como uma facada. 'minha abelhinha tinha problemas no coração, usava marcapasso para mantê-la viva, depois de alguns anos finalmente conseguiu um transplante e seria nesse mesmo dia más as chances de sobrevivência seria quase zero '. Nesse momento é como se eu tivesse acordado, todos os sinais estavam diante dos meus olhos e eu não percebia, crises, falta de ar, pouca força, tudo, e eu não reparava na garota que fez parte da minha vida, eu estava com raiva,' porque ela não me contou', más também estava com medo 'e se eu não a ver mais', um estranho sentimento tomará conta de mim.
Corri para o hospital onde a mesma já deveria estar na sala de cirurgia, más eu precisava vê-la, eu estava com medo era como uma premonição ruim, ' ela vai sobreviver, tem que sobreviver' eu corri adentro no hospital, não parei nem quando os seguranças me barraram eu precisava vê-la.
Corri até meus nervos pulsarem e quando virei o corredor eu a vi, ' MINHA ABELHINHA' correndo na minha direção e aumentou a velocidade dos passos assim que me viu, nos chocamos um contra um outro em um abraço avassalador e visceral, naquele momento só era nós dois e nada mais existia.
Ela caiu sobre meus braços completamente fraca, seu rosto antes corado agora estava pálido, lábios secos e olhos praticamente opacos
meus olhos estão fixados nos dela , minhas mãos suam e meu coração bate em um ritmo descompassado tendo ela em meus braços, seu corpo está praticamente desfalecido junto ao meu, faço de tudo para mantê-la acordada más infelizmente já é tarde, seus lábios balbucia as últimas palavras "eu te amo", e assim ela se foi, no momento em que percebi que a amava, sempre escolhi minha imagem ao invés do meu coração e agora o universo resolveu me castigar pôr isso, " eu te amo, sempre te amei ", más agora é tarde demais.
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eu deveria ter dito "eu te amo"
Randomnão esconda seus sentimentos pois quando você menos imaginar será tarde demais.