02

175 16 8
                                    

Before.
Max.

Cause you lured me
And you hurt me
And you taught me
You caged me and then you called me crazy
I am what I am 'cause you trained me
So who's afraid of me?
So who's afraid of little old me?

🏁

ELE TINHA 10 ANOS QUANDO percebeu o que lhe ocorria. Não havia nada ou ninguém para proteger o garotinho loiro que estava assustado. Os soldados não chegariam a tempo de salvar Max.

Após obter o segundo lugar no kart, seu pai, Jos Verstappen, estava furioso com o próprio filho. O garoto não entendia antes, mas após o mais velho lhe dar um tapa no rosto, tudo estava claro para ele.

Seu pai era um monstro. Não do tipo que imaginava ter em livros de contos de fadas, porque jamais pode ser uma criança. Mas um monstro real, vivendo no mundo real. Max fora criado para ser o melhor. E os melhores sacrificavam muitas coisas para alcançar os melhores resultados.

Max sacrificou a sua infância.

Quando a corrida chegou ao fim, ele foi correndo na direção do pai, que tinha um sorriso tão conhecido por Max. O sorriso de raiva.

— Papai, papai! Viu como eu impedi a ultrapassagem dele? — Max perguntou, ansioso pela aprovação do patriarca.

Jos o conduziu até uma parte mais afastada do centro, longe das poucas câmeras que haviam ali. Poderia ser venenoso o quanto quisesse agora.

— O que eu vi foi o meu filho sendo medíocre. Acha mesmo que isso foi um bom resultado?

Max se encolheu, amedrontado pelo tom de voz usado pelo pai. Eu fiz o que pude com o carrinho que tenho, pensou Max.

— Mas pai, a embreagem estava muito ruim, fiz o melhor que posso. — o loirinho disse.

— Então seu melhor é um lixo. Se continuar assim, nunca será um campeão de Fórmula 1. É isso mesmo que quer, ser um perdedor? Não me insulte dessa forma, depois de tanto dinheiro e tempo investido em você.

— Vou ser perfeito, eu prometo, papai.

— Você jamais será perfeito, Max.

Aquilo quebrou algo dentro do garoto que, mais tarde, ele perceberia que jamais havia curado. Algo dentro dele morria cada vez mais. Max estava se sentindo fraco.

Jos se agachou na frente do filho, para que lhe olhasse nos olhos. O menino não gostava disso. Odiava contato visual.

— Eu consegui o segundo lugar hoje, pai, isso foi bom.

Então, o golpe veio. Seu rostinho pálido estava esquentando a medida em que o peso da mão de Jos afastava-se dele. Era doloroso.

O que Max também ainda não sabia era que esse havia sido o primeiro tapa de tantos que o pai lhe desferiria. Estava arruinado.

— Escute aqui, segundo lugar é o primeiro lugar dos perdedores. Você não quer ser um perdedor, não é mesmo?

— Não. Quero ser campeão. — Max estava quase chorando.

DIRTY DIANA.「 max verstappen 」 Onde histórias criam vida. Descubra agora