— Puta que pariu Paraná! Olhas as merdas que tu faz! — Sul exclamou irritado sem nem olhar para o menor. Lia algum documento em suas mãos. — Tu trabalha há quanto tempo aqui pra cometer um erro desses? É burro ou idiota?
— Idiota é tu, caralho! Que não sabe ler a informação direito!
Os dois rapidamente levantaram de suas cadeiras e continuaram a discussão recheada de insultos. Catarina observava aquilo cada vez mais irritada, tanto pela gritaria como pelo comportamento deles. Até que não aguentou mais aquela infantilidade, levantou de rompante e jogou seu porta-lápis no meio da sala quebrando o objeto com um estardalhaço.
— CALEM A BOCA VOCÊS DOIS!
Os dois homens pararam estáticos no lugar, nunca tinham visto a loira se comportar daquele jeito. Ela continuava falando alto.
— Chega dessas picuinhas idiotas! Ninguém aguenta mais isso! Nem vocês mesmo! — Bateu com as mãos abertas na própria mesa. — Isso cansa! Tu acha que eu aguento ficar ouvindo isso o dia inteiro?! Eu também tô aqui! Nesse ambiente! Não sou obrigada a ficar escutando essas briguinhas de vocês!
Parou de falar por um momento, assim que o silêncio prevaleceu o gaúcho se manifestou.
— Se ele não errasse besteira eu não falaria nada.
A catarinense rapidamente pegou uma apostila que tinha em cima da mesa e enrolou na mão se dirigindo agressiva ao barbudo e lhe deu uma paulada na cabeça.
— Tu também não é infalível! — Bateu de novo. Aquilo de forma alguma machucava o maior, mas tinha efeito moral e ele se defendia com o braço. Era obrigado a admitir que ela estava certa. — Pra que brigar desse jeito à toa?! Erros acontecem caramba! Só precisa corrigir, não brigar e insultar quem o cometeu! — Bateu mais uma vez irritada.
— É isso aí Cat! Ele se acha demais o filho da puta! — Paraná se manifestou animado com a agressão do loiro.
Num piscar de olhos a mulher se dirige a ele e também lhe defere pauladas com o rolo de papel.
— E tu cala a boca! — Dava mais golpes no menor. — Para de provocar tanto toda hora caramba! Tu não é inocente! — Bateu mais uma vez em sua cabeça. — Fica enchendo o saco do Sul toda hora! Nem eu aguentaria isso!
Viu que os dois estavam devidamente avisados e suficientemente humildes ela parou e cruzou os braços no meio da sala alternando olhares severos para ambos.
— Estamos entendidos? — Nenhum deles queria dar o braço a torcer e admitir o erro. — Sul? — Forçou uma resposta.
— Sim. — Murmurou entredentes.
— Paraná? — Deu o mesmo tratamento.
— Sim. — Revirava os olhos.
— Agora me mostra que erro que tu viu. — Se aproximou do barbudo estendendo a mão para que ele lhe alcançasse o papel.
O maior bufou contrariado mas se submeteu, pegou o documento e estendeu para ela apontando o local do texto que estava errado.
— Aqui guria, essa colocação tá errada. Tá o contrário do que é pra ser.
A loira pegou e analisou de perto.
— Tá bom, eu vejo que está errado mesmo. — Estendeu a folha de volta para ele, quando o gaúcho ia recuperar o papel ela recolheu de novo chamando sua atenção. — E como que tu vai pedir pra corrigir isso agora?
Ela o encarava séria, tratando-o como uma criança e exigindo o comportamento adequado. Rio Grande do Sul respirou fundo reavendo sua calma. Pegou o documento com uma certa agressividade e se aproximou a passos duros do paranaense. Quase jogou a folha em sua mesa e o olhou irritado.
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Origens
Fiksi Penggemar- Erhm eu sei que tecnicamente a gente já começou a trabalhar e não somos mais novatos, mas de quem é aquela mesa? - Catarina apontou para a escrivaninha vazia em frente à sua. - Eu nunca vi ser ocupada.... - Também não sei.... - Paraná apoiou distr...