Capítulo 52

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Toda segunda chance começa com um passo

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Toda segunda chance começa com um passo.

Foi a frase que me motivou a vir em busca da minha mulher. Enquanto eu assistia ao meu filme favorito, já sabia que nada seria mais impressionante que uma declaração ao nível das histórias que ela estava acostumada.

Eu levei uma semana para planejar tudo, saiu completamente diferente de como imaginei, mas foi real e sincero, assim como deveria ter sido. E isso serviu para mostrar que, abrir o meu coração na frente de todos não importava quando o assunto era ela.

Porque esta era a verdade, não importava.

Se eu tivesse que subir no mais alto prédio, pular de um penhasco ou colocar um outdoor na cidade. Faria isso, para que assim, todos soubessem o que a pequena borboleta, que me derrubou em nosso primeiro encontro, significava para mim.

E Tatiane significava tudo. Absolutamente tudo. Eu provaria isso todos os dias da minha vida.

Estar, agora, levando-a para o nosso novo lugar, foi parte do que planejei também. E esta parte, felizmente, saía conforme idealizei. Ela estava em silêncio, mas inquieta observando o caminho ficando para trás do lado de fora.

Já eu, sentia-me nervoso, repassando mentalmente tudo o que faria quando chegássemos. O medo de que as coisas dessem errado e minha garota desistisse de mim, me deixava apavorado. Tinha que fazer a minha segunda chance valer a pena.

Aos poucos, fui diminuindo a velocidade e entrei na rua que nos daria acesso a um condomínio privativo. Os olhos castanhos se desviaram até mim, uma pergunta silenciosa pairava bem ali.

Sorri de canto, tendo a minha entrada liberada. Então, segui até a casa que havia comprado há quatro meses. O lugar onde deveríamos ter começado de outra maneira, no entanto, o destino quis assim.

Desci do carro e segui até a porta dela, segurando sua mão enquanto mantinha o sorriso em meus lábios, pedindo que me acompanhasse.

Tatiane fez isso, deixando que a visão de uma sala ampla e mobiliada a surpreendesse. A decoração seguia um estilo clássico, com alguns toques modernos, em tons claros e suaves, transmitindo aconchego e calmaria.

Ela não disse nada por vários minutos, apenas admirando o que seus lindos olhos observavam. A ansiedade me consumia, queria uma reação, qualquer que fosse.

— Você gostou?

A pequena se virou para mim, um pequeno sorriso enfeitava seus lábios, ela deu uma última olhada em tudo e, em seguida, indagou:

— Essa casa é sua? — parecendo ansiosa pela minha resposta, apertando os dedos.

Dei um passo até ela, meu corpo ansiando por proximidade. Eu respirei fundo e toquei seu queixo, trazendo a sua atenção apenas para mim, precisando que me olhasse.

— É nossa, meu amor — sussurrei, meus dedos acariciaram sua pele macia. — Cada coisinha aqui dentro pertence a você e a mim.

Um suspiro surpreso escapou pelo vão em seus lábios, seus olhos se arregalaram levemente. Ela queria dizer algo, abriu a boca para isso, mas nada saiu. Então, parecendo embasbacada demais, um riso descrente a escapou.

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