𝖈𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖈𝖎𝖓𝖈𝖔

192 20 4
                                    

𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐂𝐈𝐍𝐂𝐎

Fiz meu próprio lar

Nas teias de aranhas e nas mentiras

Estou aprendendo todos os seus truques

Posso te machucar por dentro!

Ah, eu me fiz uma promessa

Você nunca me verá chorar!

Até eu fazê-lo.

the devil within – digital daggers


O professor Horácio Slughorn não era apenas o responsável por Poções, mas também o chefe da Sonserina. Assim que soube que Varya Petrov se juntaria aos seus alunos, ficou extremamente satisfeito. O poder de sua linhagem, embora enfraquecido com os anos, era inegável, e seus boletins mostravam que sua mente era tão afiada quanto o chifre de um unicórnio.

Varya, no entanto, não gostou do homem tanto quanto ele gostou dela, pois ele a bombardeou com perguntas assim que a aula começou.

— –E, claro, o que mais devemos adicionar à nossa Poção da Paz antes de completá-la? — Ele perguntou, tentando testar seu conhecimento. Varya suspirou, esperando que, pelo menos uma vez, ele voltasse sua atenção para seu aluno favorito, Tom Riddle.

— Pó de pedra da lua — ela disse amargamente, mas seu professor notou enquanto prosseguia para explicar o propósito da poção. Ela olhou para a direita, onde Tom Riddle estava no caldeirão ao lado. Ele anotava cada palavra que escapava dos lábios de Slughorn, sem sequer se preocupar em olhar para o que estava escrevendo.

Varya achava injusto que ele fosse tão brilhante. Tinha que admitir, no entanto, que o havia desafiado bastante em Trato das Criaturas Mágicas, seu conhecimento sendo indiscutivelmente mais extenso. A garota pensou que isso havia irritado o monitor, que de repente começou a levantar a mão mais ferozmente, tentando responder mais rápido do que ela.

Ela achava Poções encantador, mas não podia evitar a irritação com o professor. Ele parecia ver seus alunos não como mentes brilhantes que deveriam ser ensinadas, mas sim como possibilidades preciosas para exibir.

— Agora, por favor, vão pegar seus ingredientes — ele os incentivou, acenando com a varinha para abrir os armários que revestiam as paredes. Cada aluno foi e pegou o que precisava antes de voltar às mesas.

Varya olhou para sua colega de quarto, Ivy, enquanto ela colocava tudo na mesa e abria seu livro didático. Varya havia percebido que Ivy era uma força a ser reconhecida, já que era uma monitora ao lado de Tom. Ela era muito feminina, movendo-se com graça enquanto misturava os ingredientes, e sabia como usar isso a seu favor. Os olhos de Varya pegaram alguns garotos olhando para o cabelo dourado de Ivy e seu rosto encantador, irradiando uma aura incomum para uma sonserina.

Ao lado dela, Varya se sentia bastante insegura com seus traços orientais e pele bronzeada. Varya não era de forma alguma feia, mas ela tinha que admitir que tinha contornos duros que a maioria dos homens não seria inclinada a admirar.

Varya olhou para Tom, imaginando o que ele achava atraente em uma mulher e como ela poderia usar isso a seu favor. Infelizmente, ela nunca o viu demonstrar interesse por nenhuma das garotas que o seguiam com os olhos.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋𝐒 | 𝐓𝐎𝐌 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄 {+𝟏𝟖}Onde histórias criam vida. Descubra agora