𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › 𝖺𝖻𝗈
❝𝐋ee Félix é um ômega solitário que luta para sobreviver a cada inverno em sua alcatéia, trabalhando arduamente na confeitaria de Seo Changbin para poder bancar a família e sobreviver. Ansiosamente, ele espera para co...
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APÓS A valsa dos noivos terminarem e Félix sair do banheiro se sentindo melhor, Beomgyu chamou o ômega para dançar. Envergonhado, aceitou e foi seguindo o alfa, parando no meio do salão e sentindo o moreno o envolver em seus braços. Uma música lenta começou a tocar, mas Félix não estava atento o suficiente para notar qual era, estava nervoso e ansioso demais. Nunca havia dançado com alguém, tirando com Jiyoung — que na época treinava para impressionar Yujin — e Jeongin.
— Calma, Lixie, não fique nervoso, eu posso conduzir isso... — acalmou Choi, acariciando seus braços sob o tecido da camisa. — Apenas siga meus passos, ok? — ele assentiu.
Mesmo que a música já tivesse se iniciado e muitos casais dançassem inertes um com o outro, fazendo uma grande massa no centro da pista de dança, os dois começaram a dançar lentamente, se acostumando com os passos um do outro. Depois de alguns tropeços de Félix e risinhos do alfa, Beomgyu colocou suas mãos em seu pescoço, trazendo seu corpo para mais perto para poderem dar os mesmos passos. Félix sorriu quando passou mais de trinta segundos de música sem pisar no pé dele ou tropeçar nos próprios pés.
Entretanto, do mesmo jeito que a música começou, ela acabou, fazendo o ômega olhar decepcionado para os casais que se separavam e iam sentar.
— Ah, mas já acabou? — perguntou ele um tanto triste.
— Quando meu pé se recuperar, podemos tentar outra vez... — Beomgyu se esquivou de um tabefe no peito. — Estou brincando, Lixie! Você aprendeu rápido, estou até orgulhoso...
— Hum, não é para tanto... — desviou o olhar envergonhado, saindo da pista e indo para a mesa, se sentando na mesma cadeira de antes. — Acho que a vovó foi embora. — anunciou, procurando a senhora e a neta que partilhavam a mesa.
— Não sei... acho que sim. — concordou o alfa não a encontrando. Ele se recostou na cadeira a tempo de ser atingido por uma bandeja com uma taça de champanhe, fazendo ele se assustar e levantar. — Mas o quê...?
Um garoto de cabelos loiros tingidos se levantou rapidamente do chão, pegando a bandeja do chão e a taça que por sorte não era de vidro, se curvando uma duzentas vezes em frente ao alfa.
— Me perdoe senhor, eu tropecei, não foi minha intenção molha-lo... — pedia enquanto se reverenciava mais, sem o encarar e repetia as palavras me perdoe. — Molhou muito? Eu posso dar um jeito de secar...
— Não se preocupe, a camisa é preta. — tentou dizer Beomgyu para acalmá-lo. O garoto tremia e não conseguia nem segurar a bandeja direito, então Choi o colocou sentado numa cadeira. — Você está bem? Seu joelho está machucado...
O garoto seguiu o olhar dele até o joelho, vendo um corte liberar um filete de sangue e acabou praguejando, odiava sangue. Ele levantou os olhos para Beomgyu, prendendo a respiração e se repreendendo por parecer tão patético na frente de um alfa tão bonito. Bem que sua mãe dizia que ele era atrapalhado demais para chamar atenção de um alfa do jeito certo, nunca quis que a velha estivesse tão errada, como naquele momento. Choi também analisava o garoto, notando um lindo rosto, com belos olhos verdes, estes mesmos olhos que brilhavam ao lhe encarar de volta e ele quase riu, quando viu o garoto corar.
