Always - Vol.3 (Drarry +18)

"Roar"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo! Esse capítulo tem crossover com "Call Out My Name".

Esta linda autora não conseguiu fazer uma explicação plausível para a passagem de tempo ser tão distinta em todas as realidades então apenas é uma das coisas que o vira tempo faz.

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Narrador

O Vira Tempo de Prata foi forjado em 1437 por Pedro Hernandez, o chamado mestiço de todos os sagrados vinte e oito que os amaldiçoou para que permanecessem sem intrigas em suas famílias. Pedro criou vinte e seis horcruxes para viver o suficiente e ver o que sua maldição iria gerar. Contudo, depois de viver por trezentos e dois anos a alma fragilizada já não tinha mais o que ver e viver.

Pedro, então, forjou um vira tempo mais forte do que todos os outros existentes. Um de prata, que poderia voltar muitos anos mais do que os de ouro.

O feitiço deu errado, o vira tempo abriu linhas na realidade de Pedro que levavam para outras, com distintas vertentes, no mundo trouxa e no mundo bruxo. Pedro foi sugado pelo seu próprio vira tempo ficando perdido em seus inúmeros fragmentos. Depois de engoli-lo, o vira tempo se reconstruiu como se estivesse suprido de magia o suficiente para se manter sozinho sem o bruxo.

Diz a lenda que se mais de uma pessoa utilizá-lo, o vira tempo se multiplica pela quantidade de pessoas para ajudá-las a voltar. Ou para manter elas em realidades diferentes. Além de apagar as memórias dos bruxos que entraram em contato com viajantes.

Apenas um único bruxo voltou para contar a história, mas ele se internou por vontade própria dizendo que nunca iria revelar isso a ninguém nem dizer se o vira tempo auxilia os bruxos ou os deixa perdidos no limbo entre os mundos de lá e o de cá.

Por Maria Diggory

Quando colocamos o vira tempo no pescoço ele ficou extremamente frio e pesado, dei uma última olhada no meu pai que segurava forte a mão de Astoria - por sua vez segurando forte a mão de Morgana - e suspirei. O fato dele estar aqui não deixava tudo melhor. Na verdade, só piorava as coisas.

Olhei nos olhos do Teddy e senti aquele arrepio costumeiro me percorrer, era como se ele fosse eternamente novidade para mim. Pensar em coisas românticas sobre ele me deixava com os pés no chão e as mãos sem tremedeiras.

"Treme - Treme", humpf, saudades da época que minha única preocupação era ser chamada assim. Respiramos fundo e comecei a girar a ampulheta, uma redoma de feitiço começou a se fazer em volta de nós quatro e logo uma luz prateada tocou meus olhos.

Senti o chão se desfazer sob meus pés, a luz ficou tão forte que nossa família se distanciou e sumiu de vista. A corrente de prata se desfez e de repente cada um de nós tinha um vira tempo de prata no pescoço. Aquilo não parecia bom, de forma alguma.

MJ se assustou com algo e agarrou minha mão, assim como fez com o Teddy. Quando todos nós pegamos as mãos uns dos outros o vira tempo se tornou um só novamente e nos sugou para um lugar frio, escuro e muito úmido. Senti meus joelhos estarem de encontro com uma rocha fria e levemente irregular.

— Por que tenho a impressão de que não demos a sorte de cair exatamente na realidade certa? — Teddy murmurou com a mão nas costelas depois de cair de lado no chão.

— Porque será? — MJ retrucou se levantando e indo para um canto, só depois de piscar várias e várias vezes entendi que ela havia ido vomitar.

Ouvimos as vozes mais conhecidas do mundo para nós, me levantei combatendo a vertigem e olhei por uma janela pequena e quadrada. Havia água, água por todos os lados e pessoas invadindo Azkaban com jorros de luz branca e prateada.