O destino é caprichoso, e quando contrariado, pode ser cruel e ardiloso.
Em uma noite de lua azul, o destino cruzou os caminhos de Beatrice e Theodore em um acaso cheio de perigos, e o encanto que surgiu entre eles foi instantâneo, proporcionando um...
Como será que está Bea está após dizer que adeus ao Theo?
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Aturdida... é assim que me sinto, ao sair do hotel Valhala.
Não é a primeira vez que após uma noite de sexo, um rapaz pede para manter contato comigo, mas foi a única vez que eu senti vontade de dizer sim.
E isso é assustador demais.
Essa noite foi diferente de todas as outras, e sei que isso é porque não foi só sexo, nossas conversas foram ótimas e me fez tão bem que quando vi, estava me abrindo com ele. Eu nunca me abri com ninguém de fora da minha família, mas com o Theo fiz isso, e fui além.
Até hoje só o Matteo sabia sobre como me sinto em relação ao meu pai, já que nunca quis colocar esse peso na Lia, prefiro me fazer de forte, como se estivesse tudo bem quando meu pai fala algo, como foi no aeroporto. Mas foi tão fácil me abrir com o Theo, que quando vi o que estava contando, fiquei apavorada por me abrir tanto, que mudei o foco usando o sexo.
Entro no elevador e encosto na parede, olhando para a pérola ainda em minha mão. Não posso negar a mim mesma que gostei demais da companhia dele e de como tivemos uma boa ligação quando ficamos juntos.
Será que eu deveria voltar lá e pedir desculpa por minha atitude? Afinal, ele só pediu para manter contato e eu sem intenção, agi como se estivesse me pedindo em casamento após uma noite de sexo... ok, de muito sexo.
Não!
Eu tenho que manter o foco, se for até ele, irei criar esperanças em um futuro incerto e que na certa não vai dar em nada, afinal, ele mora do outro lado do mundo, e será difícil manter contato. Tudo isso foi maravilhoso, e o melhor é manter a boa lembrança do que foi vivido.
Assim que entro, vejo Lia no sofá com o Aidan, só falo bom dia aos dois e sigo direto para o quarto, preciso arrumar logo a minha mala, pois se perder esse barco, só vou piorar a situação. Sem muita surpresa, Lia vem atrás de mim.
— Eu já arrumei suas coisas, assim pode tomar um banho antes de sairmos.
Noto que de fato a minha mala já está ali aberta, mas com tudo bem arrumado dentro, e ainda tem uma roupa na cama, para que eu possa usar na viagem.
— Obrigada, Lia.
— Certo, começa a falar, o que aconteceu? — Olho para ela sem entender. — Vai Bea, sei que não sou o Matt, com quem você compartilha suas noitadas, mas te conheço bem e não é assim que você chega após um encontro.
Soltando um suspiro, desisto do banho e me jogo na cama, soltando um gemido de dor, o Theo cumpriu sua palavra, e não vou reclamar, pois valeu a pena. Lia logo se senta próxima a minha cabeça, esperando que eu conte, vai ser bom colocar para fora o que estou sentindo.
