- Essa música já foi dedicada a alguém? - Pergunta se aproximando dela
- Na verdade não, eu nunca me apaixonei por alguém antes - Ela diz tranquilamente e Mars percebe que depois que ela toca ou canta uma música
A mesma fica mais tranquila e mais aberta com os outros quando se trata da música. O mesmo tenta se aproximar dela e se senta ao seu lado
- Podemos tocar juntos, o que acha? - Ela olha para ele com uma sobrancelha arqueada. Até que ele tocou nas teclas
(Fingi que os dois estam tocando o piano juntos)
Assim que eles terminam de tocar, olham um para o outro por um tempo. Eles estavam hipnotizados pelos olhares um do outro. Eles estavam se afogando no mar dos olhos um do outro. Até que um barulho atrapalha os dois. E era o telefone de Dumas que começou a tocar, os dois olharam para lados opostos, ela atende e de repente a respiração dela ficou ofegante e ela começou a soar e ficar pálida e Mars se preocupa
- Tá bem, tá bem! Eu estou indo - Ela desliga o telefone e olha para ele nervosa - Por favor pode me levar no hospital do centro da cidade! - Fala toda tensa
- O que ouve? Seu namorado sofreu um acidente? - Fala rindo até que ela fica em pé
- Não é hora de brincadeira! Meu pai foi pra uma cirurgia e se você não me levar eu peço um uber ou vou de ônibus! Você que escolhe - Ela fica esteríca e ele assustado. Na mesma hora ele concordou e a levou as pressas para o hospital assim que chegaram ela tira o cinto - Obrigada por me trazer
- Espera eu vou com você - Ele tira o cinto também
- Não, você vai embora. Você já está se envolvendo muito na minha vida! Vai embora! - Ela sai do carro e corre para dentro do hospital
Mars fica bravo e bate no volante de raiva até que escuta um barulho de algo caindo, ele olha na direção e percebe que era o celular dela e liga a tela pra ter certeza e vê uma foto dela criança com um homem que provavelmente era seu pai. Ele pensa mais um pouco e então decide ir entregar para ela. Ele entra no hospital e pega informação de onde ela estaria. Dumas estava em uma sala de espera de cirurgia e ela estava chorando tentando entrar na sala mas a enfermeira tentava a impedir. Mars estava vendo tudo até que vê Dumas desistir de entrar e cair de joelhos no chão aos prantos ela gritava de desespero com medo de perder seu pai. Mars queria correr até ela e a abraçar, mas ele sabia que se, se aproximasse dela, a mesma iria gritar com ele e as coisas só iriam piorar. Então ele volta para o carro e fica lá até o amanhecer.
Dumas passou a noite chorando e esperando o seu pai sair da cirurgia. Era de manhã e ela estava sentada em um banco abraçando seus joelhos olhando para o nada e torcendo para que seu pai ficasse bem. Ela estava tão em transe que nem percebeu alguém se aproximando dela. Só percebeu quando a pessoa se sentou ao seu lado, seus olhos passam pelo corpo dele e antes de olhar no rosto já sabia quem era e volta a olhar para o nada
- Eu falei pra você ir embora - Ele coloca a mão no bolso e mostra o celular dela
- Você esqueceu no carro, eu só vim devolver - Ela pega o celular
- Percebeu quando estava indo trabalhar? - Liga a tela e vê a foto da sua tela e fica mais chateada
- Na verdade, eu vi ele ontem. Estacionei o carro e passei a noite nele - Ela guarda o celular - Eu sei que se eu aparecesse ontem você ia ficar brava então decidi esperar
- Você podia ir pra casa dormir e depois me trazer - Diz ainda abraçada com os joelhos
- As minhas escolhas não tem nada haver com você - Ele responde de um jeito grosso para saber se ela faria a mesma coisa mas ela se manteve quieta - Como está seu pai?
- Eu não sei. Só ligaram pra mim ontem avisando que ele tinha ido pra cirurgia. Olha, não precisa ficar aqui, deve ter coisa mais importante pra fazer do que ficar aqui
- Na verdade eu tenho. Mas eu não quero. Vou ficar aqui do seu lado até ele melhorar - Dumas afunda seu rosto nos joelhos e pega na mão de Mars surpreendendo o mesmo
- Brigada - Fala com voz de choro, e Mars não disse nada e segurou a mão dela para mostrar apoio. Se passou algumas horas até que a cirurgia acabou e uma mulher veio até eles e Dumas ficou em pé e Mars também - Como ele está?! - A moça para os dois
- Ele vai ficar bem - Na mesma hora que essas palavras saíram da boca da enfermeira Dumas cai de joelhos
- Briana! - Ele a segura antes que ela caísse de costas - Briana... - Ela começou a chorar de novo
- Ainda bem... Ele tá bem - Dumas sem pensar duas vezes abraça Mars e ele retribui o abraço dela e uma de suas mãos acariciou a cabeça de Dumas
Passaram alguns minutos e Mars estava indo embora. Pegou seu carro e foi para casa. Nisso passaram uns dois dias e Mars estava saindo do trabalho e viu Dumas encostada em seu carro brincando com uma caneta rodando ela pelos dedos e as pernas cruzadas. Ele ficou surpreso, mas manteve sua pose e aproximou dela com uma expressão séria e como sempre com as mãos no bolso da calça
- O que faz aqui? - Fica de frente para ela. A mesma para de brincar com a caneta e olha para ele
- Vim te ver - Ele se arrepiou ao ouvir aquelas palavras
- Precisa de algo? - Ela se desencosta do carro ficando mais perto dele
- Quer dar uma volta? - Sorri para ele. O mesmo desconfia mas aceita o convite. Eles estavam caminhando por um tempo em completo silêncio até que ela decide quebra-lo - Olha, eu não tive tempo de te agradecer. Obrigada por me levar ao hospital. Fico te devendo uma
- Por nada. Mas sobre eu te salvar não me deve, mas levar você até seu pai aí você fica me devendo? - Fala brincando com ela e a mesma ri