24-reconciliação 

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Eu me acordei cedo, vi que Bryan ainda estava dormindo, então fiz minhas higienes pessoais e coloquei uma roupa

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Eu me acordei cedo, vi que Bryan ainda estava dormindo, então fiz minhas higienes pessoais e coloquei uma roupa. Fui caminhar pela ilha; acho que eram umas 7:30 da manhã ainda.

Sentei na beira da praia, olhando as ondas do mar, quando ouvi a voz.

Aleksander— Oi, posso me sentar do seu lado?

Alê estava ali. Eu estava nervosa com a presença dele.

Amélia— Claro, pode.

Ele se sentou ao meu lado, mantendo um pouco de distância, respeitando meu espaço. Ficamos em silêncio por alguns momentos, apenas ouvindo o som das ondas quebrando na areia.

Aleksander— Eu sinto muito, Amélia. Pelo que aconteceu, por tudo que fiz. Nunca quis te magoar.

Olhei para ele, sentindo uma mistura de emoções. O passado ainda doía, mas havia uma sinceridade em seus olhos que eu não podia ignorar.

Amélia— Foi difícil, Alê. Você me deixou quando eu mais precisava de você. Nós éramos amigos, namorados, e você simplesmente desapareceu.

Ele abaixou a cabeça, parecendo carregar um peso enorme.

Aleksander— Eu sei. Eu fui covarde. Fiquei com medo de Bryan e do que poderia acontecer. Mas isso não justifica o que fiz. Deixar você, foi o pior erro da minha vida.

Eu respirei fundo, tentando acalmar meu coração. Lembrar daquele tempo ainda era doloroso, mas estava aqui agora, com a chance de confrontar esses sentimentos.

Amélia— E quando fui sequestrada pelo inimigo de Bryan, achei que nunca mais ia sair viva. Tudo voltou à tona, o medo, a solidão. Achei que ia morrer ali, sozinha.

Aleksander me olhou, os olhos cheios de remorso.

Aleksander— Eu nunca quis que isso acontecesse. Eu... eu deveria ter ficado, deveria ter protegido você. Falhei como amigo e como namorado.

Havia uma tristeza profunda na voz dele, e eu sabia que ele estava sendo sincero. A mágoa ainda estava ali, mas também havia um desejo de encontrar paz.

Amélia— Foi um período muito difícil, Aleksander. Mas agora estou aqui, viva. Bryan me salvou e, de alguma forma, encontrei forças para seguir em frente.

Ele assentiu, olhando para o mar.

Aleksander— Eu sei que Bryan te salvou e que ele te ama muito. E eu só quero que você saiba que, apesar de tudo, sempre vou me importar com você. Mesmo que seja apenas como amigo agora.

Senti um alívio ao ouvir isso. Não era fácil perdoar, mas estava disposta a tentar.

Amélia— Obrigada, Alê. Eu também me importo com você. E talvez, com o tempo, possamos reconstruir nossa amizade.

Ele sorriu, um sorriso pequeno, mas sincero.

Aleksander— Eu adoraria isso. E prometo que nunca mais vou te deixar na mão. Aprendi com meus erros.

Ficamos sentados em silêncio por mais um tempo, apenas ouvindo o mar e sentindo a brisa. Havia ainda muito a ser resolvido, mas essa conversa foi um passo importante. Era um começo de algo novo, algo melhor. E eu estava disposta a dar essa chance para nós dois, como amigos.

 E eu estava disposta a dar essa chance para nós dois, como amigos

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Depois dessa conversa esclarecedora, reinou um silêncio no local. Isso estava me deixando agoniado; não sabia como puxar assunto. Então decidi falar do passado, antes de Bryan sequestrar nós, antes de eu entrar na máfia do Bryan, antes de Amélia ser sequestrada pelo inimigo do Bryan.

Aleksander— Você lembra das nossas noites do pijama? Quando Noah, Lua, Anabel, você e eu ficávamos até tarde vendo filmes e rindo de coisas bobas?

Amélia olhou para mim, um sorriso nostálgico surgindo em seus lábios.

Amélia— Claro que lembro. Era uma das melhores partes da semana. Especialmente quando você insistia em fazer aquelas pipocas que sempre queimavam um pouco.

Eu ri, sentindo uma onda de saudade daqueles tempos simples.

Aleksander— Ei, eu melhorei depois de um tempo. Mas acho que ninguém nunca esqueceu o cheiro de pipoca queimada.

Ela riu também, e o som da risada dela trouxe uma sensação de calor e conforto que eu não sentia há muito tempo. Decidi que queria prolongar essa sensação.

Aleksander— E as nossas saídas para o parque? Quando a gente tentava andar de patins e sempre acabava caindo?

Amélia assentiu, rindo mais.

Amélia— Ah, sim! Você sempre caía de um jeito muito engraçado. Parecia que estava tentando fazer acrobacias, mas nunca dava certo.

Levantei-me, estendendo a mão para ela.

Aleksander— Quer dar um mergulho? Aposto que ainda consigo te pegar na corrida até a água.

Ela pegou minha mão, levantando-se com um sorriso desafiador.

Amélia— Ah, é? Vamos ver se você ainda tem essa habilidade.

Corremos até a água, rindo como duas crianças. Quando chegamos, joguei um pouco de água nela, começando uma brincadeira de esguichar água um no outro. Ela retaliou, e logo estávamos rindo e se divertindo como nos velhos tempos.

Aleksander*— Lembra quando a gente fingia ser sereias e nadava até não aguentar mais?

Amélia— Claro! Eu sempre dizia que meu nome de sereia era Coralina.

A diversão continuou, a água nos refrescando e lavando qualquer resquício de tensão que ainda restava. Era como se tivéssemos voltado no tempo, esquecendo por um momento todas as complicações e dores.

Enquanto jogávamos água um no outro, eu vi um movimento ao longe. Era Bryan, parado na beira da praia, observando-nos com uma expressão que eu conhecia bem. Ciúmes.

Aleksander— Acho que temos uma plateia.

Amélia olhou na direção que eu apontava e viu Bryan. Ela sorriu, acenando para ele.

Amélia— Ele está preocupado. Acho que vou falar com ele.

Eu assenti, sentindo que nosso momento de diversão tinha atingido seu fim.

Aleksander— Claro. E Amélia... obrigado por isso. Eu precisava dessa lembrança.

Ela sorriu para mim, uma expressão de compreensão em seu rosto.

Amélia— Eu também, Alê. Eu também.

Ela começou a caminhar de volta para a praia, indo ao encontro de Bryan. Fiquei observando, sabendo que, embora nosso passado fosse importante, o presente e o futuro dela estavam com Bryan. E, por mais difícil que fosse aceitar, eu estava determinado a apoiar isso. Eu queria a felicidade dela, acima de tudo.

Presa a um mafioso russo Onde histórias criam vida. Descubra agora