Abrem-se as cortinas na noite sem lua,
Asas negras, qual sombra que flutua. Espetáculo do caos, regido pela dor, O pássaro solitário, seu canto é um clamor.Crocita notas dissonantes, agudas de aflição,
Lágrimas que caem, tempestades de solidão.
Caçadores dissimulados, falsos em seu intento,
Ferem suas asas, cada golpe um lamento.Na janela, o pássaro repousa, de asas cansadas,
Histórias de batalhas, de cicatrizes marcadas.
Ouço seu lamento, ecoando na escuridão,
Sofro com ele, buscando uma redenção.Sementes de esperança, lanço ao vento,
Espero que germinem, alívio para seu tormento.
Histórias de amor, de cura, um dia virão,
Enquanto o pássaro voa, na noite escura, em solidão.
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Insônia: O Canto das Poesias
Puisi'... E eis que nasci, e em mim, vertigens da alma, e o coração acelerado sem entender a peça. O espetáculo era eu, e as cortinas que então se abriram, era todo o mundo em exuberante tragédia em existir, brilhando feito água do mar diante meus olhos...