único.

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Eu estou apaixonado pelo meu melhor amigo.

Eu não sei como de fato aconteceu. Se foi a maneira que ele me tratou, os sorrisos que ele me arrancou ou talvez a vida que ele me fez ter. Eu gostava dele por ele simplesmente ser ele, por ele tratar de uma forma como ninguém nunca tratou. Ao seu lado eu me sentia normal, como se eu fosse finalmente alguém visível.

Desde os meus 9 anos tenho me sentido assim. Esse sentimento não vai embora embora eu me negue a os sentir.

Já tentei me afastar, já tentei me apaixonar por outro alguém e já até tentei dizer isso a ele. Não deu muito certo, no final eu disse que era brincadeira. Eu vi a negação, o nojo enquanto ele olhava para mim.

Alguém realmente me beijaria? Quem seria o louco de dizer que ama. Eu não tenho nada a oferecer.

Perto dele eu me sinto um tudo. Meu coração palpitar rápido, sinto borboletas voando em meu estômago e o mundo inteiro para diante nós. Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas em quente simplesmente por ele me olhar.

As vezes eu não consigo o encarar nos olhos sem sorrir e desviar o olhar.

Eu não sou romântico, sou só um adolescente de 16 anos perdido. Eu nunca fui a "atenção", o brilho de alguém. Eu não tinha de especial a oferecer também.

Eu não tinha um corpo bonito, não tinha um cabelo bonito, um rosto bonito ou até um sorriso bonito. Eu era horrível, mas toda vez que eu via ele; eu esquecia desse fato.

Uma vez ele me perguntou:

— Tweek, se você pudesse ser qualquer coisa no mundo, oque escolheria? — Ele me perguntou sorrindo.

...

Não me dei ao luxo de responder. Disse apenas algo genérico e sem graça. Na verdade, eu tinha a resposta na ponta da língua.

Eu com certeza escolheria ser a garota de Tucker.

O mais engraçado de ser um garoto gay numa cidades de caipiras é que sempre a mínima situação é transformada no entretenimento na cidade. Eu olhava pra ele, com um raio de esperança surgindo e inflando meu peito.

Eu nunca fui alguém iludido. Eu vi que estava perdidamente apaixonado quando me permiti sentir uma dose de esperança, sabendo a dura realidade.

Ele não sentia o mesmo, e era totalmente plausível.

Uma vez, eu lhe fiz uma pergunta.

— Qual seu tipo de g-garota? —

Ele pensou antes de responder e sorriu.

— Acho que não tenho exatamente um tipo. Gosto de pessoas iguais a você. — Ele respondeu mordendo um sorriso e a aproximando.

Com aqueles olhos. Porra. Eu senti como se aquilo fosse pra mim.

Eu soltei um suspiro que nem sabia que estava prendendo. Meu corpo inteiro se arrepiou e eu senti um rubor quente entre minhas bochechas e narizes.

Novamente. Eu me permiti novamente. Por que eu tive que nascer assim? Toda vez que eu olho ele; porra. É como se ele gostasse de mim também.

Por favor não me olhe desse jeito, pare de agir como se sentisse algo por mim.

Por que você sorri daquele jeito pra mim? Por que você me toca assim? Por que você não me ama?

Estou tentando esconder o fato, a realidade que se passava em meu coração. Minhas mãos tremem enquanto meu coração está se apertando. Eu sei oque tenho que fazer, sei oque tenho que dizer, mas ser rejeitado, perder meu melhor amigo é algo que pode doer mais do que posso aceitar.

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