Capítulo 7

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📍 Casa do Jungkook, Morro do Cantagalo.
18 de março de 2017.
11:20.

Jeon Jungkook

Sinto um peso leve no meu rosto, eu coloco a minha em cima, ainda de olho fechado, daí eu sinto que era uma mão quente e gordinha, e quando eu abro o olho, eu vejo o Jimin dormindo com o rosto bem perto do meu.

Ele é lindo até dormindo…

Nunca esperava ter essa visão divina, ainda mas depois de ser esculachado pela minha própria (se Deus quiser, e eu vou rezar pra que ele queira) futura sogra, mas pelo menos parece que aquele um mês inteiro que eu insisti nele deu algum tipo de resultado.

Eu tiro a mão dele do meu rosto bem devagar, depois eu saio da cama. Só que assim que eu desci, parece que o peso que eu tava fazendo do meu lado da cama fez a cama parar de ficar torta, fazendo um puta de um barulho, daí o Jimin acaba se mexendo, mas não acorda.

Cato uma bermuda dentro meu armário e coloco bem rapidão pra não sair do quarto só de cueca.

Quando eu chego na cozinha, a minha mãe tava fazendo café pra ela e não tinha me visto ainda.

— Bom dia, mãe. — Falo pra ela indo na geladeira pra pegar o pote de manteiga, depois a mortadela, e o pão já tava na mesa. Com certeza eram os da minha avó, o cheiro é igualzin’.

Só que ela não responde nada, ela só vira pra mim e me olha muito estranho enquanto ela toma o café, daí ela sorri e me dá dois tapão no meu ombro antes de ir pro quarto dela, e eu fico lá parado sem entender nada.

Eu deixei pra lá e comecei a cortar o pão em pé mesmo, mas, do nada, eu escuto um barulhão vindo do meu quarto, e a primeira coisa que eu pensei foi que a cama se desmontou toda com Jimin em cima, e só de pensar nisso, eu já queria rir, mas eu larguei o pão e a faca na mesa e fui lá ver o que aconteceu.

Quando eu chego perto da porta, o Jimin brota na frente dela com a maior cara de sono.

— Eu caí ali… — Ele nem abriu o olho direito e já tá falando. — E também eu não achei a minha blusa... aí, cê tem certeza que não quer uma cama nova? — Eu tava lutando pra não soltar uma risada bem na cara dele. — O que foi?…

— Jimin, tua blusa tá ali em cima. Só tu olhar. — Daí ele passa a mão na cara e olha pra trás, aí ele vê que a blusa dele tava dentro do meu armário.

Então ele sorri todo sonolento e vai buscar a blusa, mas ele bota ela ao contrário, aí passa por mim e pega a faca e o pão que eu tava cortando, passa manteiga, coloca mortadela e simplesmente come.

— Qual foi, tu tá comendo o meu pão!

— Teu nome tá escrito no pão? Ata. — Pergunta cheio de deboche, colocando mó pedação de pão na boca.

— QUAL É?! — Ando até o saco de pão pegar outro pra mim e vou pro outro lado da mesa direto olhando bem pra cara dele.

Ele senta, apoia a cabeça no braço e fica me olhando, e claro, né, eu me arrepiei todo, e uns flashes de nós dois se beijando começou a vim com tudo na minha mente, então eu soltei um sorriso sem querer enquanto eu cortava o pão.

Até que a minha mãe sai do quarto e olha pro Jimin na hora e fica com aquela mesma cara, colocando o copo de café na pia.

— Bom dia, Dona Amanda. — O Jimin fala com a minha mãe, e ela vira pra gente com aquela mesma cara estranha.

— Bom dia, Jimin, cê tá sentindo alguma dor?  — Ela pergunta vindo pro meu lado.

— Não… por quê? — Ele pergunta meio sem graça e a minha mãe ri.

Na Beira do Mar, O Começo. - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora