Casado Com Filho De Um Mafioso - Vhope

ChapM4

🌑

─ Você será meu eterno amor improvável.

Eu não, não serei seu amor improvável. Você será apenas uma pessoa normal para mim. Quero distância dessas pessoas estranhas que não faço ideia de quem são. Principalmente você, Kim Taehyung, o senhor do sorriso retangular.

Penso que esse malandro planeja algo. Sua face parece a de uma boa pessoa, mas por dentro ninguém sabe o que ele realmente é ou o que faz. Só Deus sabe o que esse homem apronta ou esconde.

O pai dele parece uma boa pessoa, mas não sei se devo confiar nas palavras desse senhor que acabei de ouvir minutos atrás. Achei bastante estranho ele aceitar que o próprio filho fique com outro homem. Não que eu compreenda mal, mas a maioria dos pais não aceitam filhos homossexuais. Muitos os desprezam, às vezes os excluem da família. O pai desse malandro me impressionou pra caralho.

Será que existem pais bons nesse mundo?

É pecado deitar com outro homem na cama? Seria um pecado mortal? Só tenho medo de ser queimado no inferno.

Nós dois estamos sentados em um banco de madeira no jardim, sentindo o ar frio da manhã, refletindo sobre o dia. Viro meu rosto devagar para olhar para ele. Vejo seu rosto pálido, seus olhos se fechando, sentindo o vento frio em sua face. Sinto algo estranho dentro de mim, uma coisa que não consigo explicar direito. É normal sentir algo que você não entende direito, certo?

Sinto apenas ódio desse homem, mas também outras coisas que não sei explicar direito.

Volto a olhar ao redor do jardim florido, com várias flores bonitas e cores diferentes que nunca tinha visto na vida. Fecho meus olhos vagarosamente, sentindo o ar puro da manhã. Respiro fundo e solto o ar gelado. Até que... sinto uma mão alisar minha coxa.

─ Ai, caralho! ─ Levo um susto e, sem querer, solto um xingamento.

─ O que você disse? ─ Arregalo os olhos.

Senti medo quando olhei nos olhos desse marginal. Acho que ele não gosta de ser chamado por nomes ofensivos e xingamentos.

─ Ai, que medo, Taehyung! ─ Invento alguma coisa para ele não ficar puto da vida.

Se é que já não está.

─ Desculpa, meu neném, não queria te assustar. ─ Ele tirou a mão da minha coxa.

Ainda bem, não curto essa parada de ficar acariciando minha coxa sem minha permissão.

─ Já que não estamos fazendo nada, que tal irmos ao shopping? ─ Ele sugere.

Enfim, finalmente poderei sair um pouco dessa prisão que é bastante enjoativa. Ficar preso em uma mansão enorme como essa é sufocante.

Talvez eu tente fugir dele. Será que dará certo? Quero sair das mãos desse homem insuportável.

─ Shopping? ─ Levanto a sobrancelha esquerda.

─ Você sabe o que é um shopping, neném? ─ Ele deu um meio sorriso.

Tá falando sério, né?

Acha que sou um burro que não sabe o que é um shopping? Cara... isso foi de encabular qualquer um. Dessa vez, eu vou arrancar os ovos desse cara com um punhal bem afiado. Ele que me espere!

─ É óbvio que sei o que é um shopping. Acha que sou um extraterrestre que não sabe o que é um shopping? ─ Cruzo meus braços, irritado.

─ É mais do que isso, você é o meu anjo da guarda, o anjo mais belo e encantador que já vi na minha vida.