Prólogo

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A despedida sempre foi algo que, desde criança, sempre foi difícil para mim. Eu chorava de soluçar, com medo de nunca voltarem ou de me esquecerem, mesmo com uma justificativa justa, graças a uma única pessoa... Hoje, é somente um arrepio na espinha. Por mais complicado que seja deixar a pessoa que me criou e me amou de verdade, meu pai, e o país onde nasci e morei quase toda a minha vida, deixar pessoas importantes como minhas tias-avós e meus avôs doía muito, mas era necessário. Eu tinha que arriscar e sabia que, quando eu pisasse nesse novo destino, não estaria totalmente sozinha.

Como assim não sozinha, você se pergunta? Bom, estou saindo do país com as duas melhores pessoas da face da Terra, as únicas que compartilham o mesmo neurônio que eu: meus irmãos de consideração, Matheus e Vivian. Matheus, conhecido como Plagg ou Dipper (sim, Plagg como o da Ladybug e Dipper um dos Gêmeos Pines), é um rapaz de 26 anos, alto, moreno, dos olhos negros e cabelos enrolados da mesma cor. Conheci ele em um grupo de WhatsApp há pelo menos uns 11 anos. Ele sempre me tratou como uma irmãzinha, e compartilhávamos os mesmos interesses, o que fortaleceu nossa amizade. Ele começou uma faculdade de Ciências da Computação e, graças às suas excelentes notas e muito esforço, conseguiu uma bolsa de estudos na Sapienza University of Rome, a mesma faculdade onde eu também consegui uma bolsa para estudar Biomedicina. Ele é extremamente brincalhão, adora fazer piadas (principamente de humor duvidoso) e é uma ótima companhia.

Vivian, conhecida como Cypher (sim, idêntico ao Bill de Gravity Falls), é uma menina linda, de estilo gótico, que arranca suspiros e rouba corações por onde passa. Com cabelos curtos negros, olhos da mesma cor e 1,55 de altura, ela nunca deixa de ser estilosa, para aqueles que não sabiam, aqui vai uma curiosidade, Vi é uma menina Gênero Fluído, se identifica tanto no masculino quanto no feminino, ambos são lindos , seu lado masculino é extremamente charmoso. Formada em Design, seguiu sua profissão dos sonhos como tatuadora e encontrou um espaço para abrir seu estúdio perto de onde iríamos morar. Ela ama seus livros e seu papagaio chamado Groot. Talentosa em tudo que faz, Vivian é uma mestra excepcional em RPG, especialmente nos de terror. Suas piadas e seu jeito de levar a vida com um sorriso, mesmo nos dias difíceis, são inspiradores.

Juntos, nós três somos como um conjunto em uma galáxia: Matheus é o Sol, Vi as estrelas e eu a Lua. Era algo belo, poético. Eu amava essa poesia, porque sem o Sol e as Estrelas, a Lua seria apenas um satélite natural em órbita sozinha. Nós éramos o verdadeiro Soneto Astral.

Sinto que falta algo a dizer... Ah, sim! Prazer, meu nome é Giovanna, mas para os mais chegados é Gih ou Mabel (sim, a gêmea Pines de Gravity Falls). Tenho 22 anos, faltando uma semana para completar 23, e confesso que ainda me sinto perdida em muitas coisas: profissão, trabalho atual, faculdade... Mas estou certa de que o que faço atualmente é algo que decidi com a maior convicção do mundo e me orgulho muito. Sou de São Paulo, tímida, quieta, positiva sobre muitas coisas, medrosa para outras... Talvez fechada e insensível para muitos. Existem tantas versões de mim, mas juro que sou atenciosa, carinhosa, amorosa, uma verdadeira amiga e tento ser uma boa filha. Sou curiosa, por isso ouço e vejo tudo com a maior atenção, gosto de guardar detalhes e mostrar que guardei com carinho quando são relacionados a todos que gosto. Isso mostrarei um pouco mais para frente. Bem, sou uma menina branca, meu cabelo é um loiro escuro com algumas mechas vermelhas bem vivas, tenho um piercing no lábio inferior, meus olhos são verdes com castanho (mesclados). Adoro as mesmas coisas que meus amigos: quadrinhos, música, desenhos... Adoro ler, escrever, ouvir música, tocar guitarra, compor músicas, desenhar e pintar.

Ao pensar em tudo o que aconteceu durante esses anos, mal pude perceber que havíamos chegado no Aeroporto de Guarulhos. Foi um trajeto silencioso, como se eu observasse cada detalhe, imaginando que não os veria nunca mais. Enquanto isso, no vagão do trem, meu pai e meus amigos riam de alguma coisa que eu não ouvi. Uma das coisas que mais fiz essa semana foi me perder em um mar de pensamentos sobre um milhão de coisas, incluindo meu relacionamento que estava um caos, distante. Era como se tudo indicasse que aquilo iria morrer a qualquer momento... Ele tinha me ligado dizendo que não teria como ir me ver ou ir comigo porque sua vó precisava de cuidados médicos, e ele iria acompanhá-la no hospital. Achei normal, mas com uma pontada de medo. Ultimamente, havia recebido mensagens de seus colegas dizendo que ele andava mentindo sobre suas saídas ou seus cochilos... Mas resolvi realmente acreditar dessa vez.

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⏰ Última atualização: Jul 02 ⏰

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