Amor a sangue frio.

104 16 25
                                    

Billie Eilish O'Connell.

Não, demônios só morrem com machado banhado a água benta.

— Faz sentido. — Mabel diz se encostando na cabeceira da cama. — E como você morre?

— Está querendo matar a morte? — Brinco, vendo a mulher me olhar incrédula.

— Não Billie, que horror. — Ela diz se preparando para levantar.

— Calma Mabel, era brincadeira. — Ponho a mão na sua perna, impedindo a mulher de se levantar. — Não dá para me matar, eu sou imortal princesa. — Ela assente com a cabeça, voltando a posição que estava antes.

— E aquele lance do seu pai ser lúcifer? — Ela pergunta meio receosa, passando a mão no meu cabelo.

— Um anjo, chamado Maggie sempre foi atraída pelo lúcifer, o rei de todo o inferno... — Digo fazendo pequenos círculos imaginários no abdominal dela. — Um dia, o todo poderoso pediu para esse anjinho estúpido buscar uma alma inocente que com o conflito que estava nos céus na época, foi parar nas mãos do temido lúcifer. A Maggie foi, mas obviamente lúcifer ja tinha sugado toda a energia da alma perdida... — Mabel começa a fazer uma trança no meu cabelo, escutando tudo atentamente. — Mas para não perder a viagem, lúcifer seduziu a pobre anjinha indefesa, a levou para o quarto e bom, Finneas nasceu. A história se repetiu mais uma vez, mesmo depois do todo poderoso castigar Maggie...

— Castigar? — Levanto a cabeça, olhando para a mulher.

Até Deus tem seus inimigos. — Ela assente com a cabeça, esperando que eu termine. — Nessa segunda vez, eu nasci, e como lúcifer precisava de uma morte, um demônio que tem os mesmos poderes e as mesmas estratégias que ele tem seria muito essencial... — Mabel assente mais uma vez com a cabeça.

— E o que aconteceu com a Maggie?

— Foi para o inferno. — Dou de ombros.

— Mas ela não era um anjo, tipo, uma boa garota?

Todas as boas garotas vão para o inferno. — Mabel assente mais uma vez, ainda mexendo no meu cabelo.

— Você precisa sair hoje? — Ela pergunta baixo.

— Infelizmente.

— Posso ir junto?

— Não, ficou maluca? — Digo me levantando, sentando na cama.

— Por que Billie!?

— Porque não! — Ela me olha com a cara emburrada. — Mabel, você é...

— Mortal bla bla bla. — Ela fiz se levantando em seguida.

— Mabel...

— Por que eu não posso ir? — Ela diz se virando, cruzando os braços em seguida.

— Porque eu vou matar pessoas. — Dou de ombros.

— E quem disse que eu não posso matar também? — Dou uma risada, vendo a mesma bater as mãos ao lado do corpo. — Você acha que eu não sou capaz?

— Não foi isso que eu quis dizer! — Digo me levantando, indo até ela.

— Mas pensou! — Ela aponta para mim, entrando no banheiro em seguida.

— Você não sabe o que eu pensei!

— Já é a segunda vez que você insinua que não sou capaz, que só sei ficar aqui dentro mofando. — Ela se encosta na parede, de braços cruzados.

— Eu não insinuei nada, Mabel. — Parei na frente dela, me encostando no marmore da pia.

— Você riu.

• A Morte lhe Cai Bem. • // B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora