(Nem) Todos os Clichês São Iguais

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Brenda
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… Dois dias depois…

19:00 hrs da noite / Quarta-feira 

Tinha acabado de falar novamente com a diretora em uma reunião, onde os professores e outros alunos que tinham se voluntariado para fazer parte das aulas de reforço, se juntaram para falar sobre o assunto, pelo que entendi vai começar nesta semana que vem, e eu fiquei para ajudar na matéria de línguas e cálculos. 

A última me faz pensar que estou pagando pelos meus pecados, sério… não é porque sou boa com números que eu os ame como a Lúcia por exemplo. Me sentei em um dos buffs que tinham naquela sala, um pouco longe de onde algumas meninas conversavam, vi quando Crystal entrou no prédio junto com Hellen e Beatriz, parecia que a cada dia que passava, aquela garota ficava mais bonita, mordi a bochecha internamente com força, não posso pensar nela, não dá! Se aquieta Brenda!

— Oi Brenda! – diz a ruiva.

— É… O-oi – digo um pouco sem jeito.

Beatriz me olha e me dá um sorrisinho, acho que para não parecer mal educada, e seguiu Crystal para os quartos.

— Oi minha loirinha linda – se inclinou um pouquinho para ficar mais perto

— Oi Hellen – sorri

Dá um pequeno suspiro — Tá tudo bem? Faz dois dias que você não dorme no quarto

— Tinha que me organizar com meu primo, agora que vou ajudar nas aulas de reforço…

— Aulas de reforço? Não sabia que gostava de ensinar – dá uma risada.

— Quis ocupar um pouco a mente, e vai ser… legal?

— Tá bom Brendinha – deu mais risada — Não senti muita firmeza no legal, maaas entendi

Balancei a cabeça em negação como resposta.

— Nos vemos mais tarde? Ou vai dormir fora

— A gente se vê mais tarde!

Sorriu — Ok, vai pensando em um filme para a gente assistir! Eu vou lá na Crys tá?

— Tá, vai lá… e vou pensar em um filme legal!

— Acho bom mesmo, não vai esquecer como na última vez! – gritou da escadaria

E mais uma vez, estou sozinha com meus pensamentos.

Decidi subir para meu quarto, dar uma olhadinha no meu celular, como não tinha dormido esses dias aqui, consegui burlar um pouco essa regra de ter que entregar-lo.

Peguei o aparelho na gaveta da escrivaninha, e me deitei na cama, verifiquei se tinha alguma mensagem do Matt, mas não tinha nenhuma, decidi mandar uma perguntando como estavam as coisas com a vovó. Me deitei olhando pra cima, logo ouvir meu celular tocando, pensei que fosse meu primo, mas o número estava como desconhecido, franzi o cenho, quem deve ser?

Ligação On:

— Alô!

— Espero que já saiba o que fazer!

Prendi a respiração ao reconhecer a voz do outro lado da linha.

— J-orge? Como conseguiu meu número?!

Risada — Jorge não, pai!

— Vamos concordar que de um pai você está bem longe!

— Se é o que pensa – pausa — Quero me encontrar com você hoje, quero saber tintim por tintim sobre seu plano, que a propósito está demorando!