Capítulo Único.

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Obs.: Ômegas nas minhas fanfics são intersexo caso sejam do sexo masculino, assim como alfas caso sejam do sexo feminino.

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Quando um garoto nasce ômega, é fácil de saber já que ele vem com partes íntimas femininas. Foi assim com Aemond Targaryen, o segundo filho homem do rei Viserys.

O conhecimento de que Aemond era um ômega trouxe grande alegria para o rei Viserys, já que ele estava esperando que um de seus filhos fosse ômega para o juntar com seu neto mais velho alfa, Jacaerys Velaryon.

Antes de Aemond, Viserys teve dois filhos que vieram betas, Aegon e Helaena, era fácil de saber já que os dois nasceram sem glândula de ligação. Havia a possibilidade de um casamento entre um alfa como Jacaerys e um beta como Aegon ou Helaena ter frutos, mas as chances eram bem baixas. Ao noivar Aemond com Jacaerys, Viserys estava esperando que o casamento dos dois no futuro unisse sua família.

Isso era uma necessidade já que sua esposa Alicent e sua filha Rhaenyra não se davam bem desde que Viserys decidiu se casar com Alicent, que na época era melhor amiga de Rhaenyra.

Como essa união entre tio e sobrinho não era mal vista entre os Targaryens, ninguém teve nada contra a dizer. Apenas uma única pessoa não gostou dessa notícia, Lucerys Velaryon, irmão mais novo de Jacaerys que havia se afeiçoado a Aemond no segundo em que colocou seus olhos nele.

Lucerys pediu ao rei Viserys, a princesa Rhaenyra e até a rainha Alicent que ao invés de noivar Aemond com Jacaerys, o noivasse consigo. Seu pedido caiu em ouvidos surdos, afinal, a união do príncipe Aemond com Jacaerys, o futuro herdeiro do trono, traria muito mais benefícios ao reino. Lucerys só pode se amaldiçoar por ter nascido depois de Jacaerys.

Os anos foram passando e cada interação entre Jacaerys e Aemond era recebida com um sorriso feliz, principalmente pelo rei Viserys. Já para Lucerys, essas interações entre seu irmão e o ômega que ele queria como seu eram praticamente tortura.

O que o rei não percebia era que também a cada ano que se passava, os sentimentos de Lucerys por Aemond não foram enfraquecendo, muito pelo contrário, pareciam se fortalecer a cada dia.

Lucerys passava cada momento que podia de seus dias observando Aemond de longe e ansiando por ele. Raras eram as ocasiões que ele podia ficar sozinho com Aemond, mas sempre que conseguia, aproveitava para absorver o máximo que podia do cheiro de Aemond.

Conforme Aemond se aproximava da idade apropriada para se casar, Lucerys sabia que estava ficando sem tempo para fazer algo e impedir que seu irmão tivesse o que ele tanto queria.

Em um dia, Lucerys está junto de sua tia Helaena nos jardins. Helaena passa muito tempo ali com seus insetos, se hoje Lucerys se juntou a tia porque sabe que Aemond também se junta a Helaena às vezes, ninguém precisa saber.

— Eles fazem um belo casal, não é? — Helaena diz, Lucerys olha em volta confuso e sua expressão se fecha quando vê sobre quem Helaena está falando.

Aemond e Jacaerys caminham juntos pelo jardim. E seja lá o que Jacaerys diz para Aemond, o faz dar um sorriso que deixa Lucerys completamente invejoso de seu irmão, ele queria que aquele sorriso fosse direcionado a si.

Quando vê Jacaerys pegar a mão de Aemond e beijar suas costas, Lucerys sente até náusea.

— É o nosso destino, eu acho, ansiar pelo que é dado ao outro. Se um possui uma coisa, o outro vai tirá-la.

As palavras de Helaena atingem Lucerys com força, ele a olha como se ela tivesse acabado de ler sua alma, mas Helaena está mais focada em uma borboleta em suas mãos.

É o nosso destino ansiar pelo que é dado ao outro. (Lucemond)Onde histórias criam vida. Descubra agora