4. Para poder se acertar

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A distância que o psicólogo colocou entre os dois assustou mais o ômega que a confissão feita, fazendo com que Wooyoung secasse as palmas úmidas rapidamente antes de puxar a destra de San em sua direção.

— San, eu... – o sorriso acolhedor o incentivou a continuar. — Você com certeza já percebeu que eu tô interessado em você, eu sei que não sou o ser humano mais discreto do mundo e, mesmo que fosse, a Jiwoo é tão sutil quanto um elefante numa loja de cristais...

O alfa soltou uma gargalhada que o Jung tinha ouvido poucas vezes, projetando a cabeça para trás e fechando os olhos em dois risquinhos.

— Eu fiquei surpreso em saber que você também tava afim, na verdade, e agradeço todo o cuidado que você tem comigo e com a Jiwoo... isso é muito importante pra mim.

— É um prazer, juro – os dois sorriam tanto que sentiam as bochechas doerem.

Os dois continuaram parados na mesma posição, olhando um para o outro com ternura. O silêncio e a situação aos poucos deixavam o ômega envergonhado, o qual abaixava o rosto de vez em quando ou mordia os lábios.

Meio segundo depois, San ouviu passos se aproximarem, afastando suas mãos de Wooyoung que, entendendo o recado, virou sua cadeira para frente e pegou o arquivo na mesa. Logo eles viram Troye passar na frente da sala, olhando para os dois de maneira despretensiosa. San riu.

— Acho melhor voltarmos ao trabalho – Wooyoung disse sem erguer os olhos da folha, mas com um sorrisinho nos lábios.

— Claro, eu só... – iniciou, o corpo ainda virado em direção ao ômega, esperando que ele o olhasse.

— Você..? – o Jung virou o rosto em sua direção.

Finalmente a atenção de Wooyoung estava completamente sobre o alfa, que sorriu diferente de todas as outras vezes. O ômega engoliu em seco ao sentir um friozinho tomar seu baixo ventre.

— Eu sei que tá um pouco em cima da hora, mas eu queria saber se você quer jantar comigo hoje... Não sei se você já tinha planos ou se tem com quem deixar a Jiwoo... – o olhar do alfa era intenso.

Se Choi San tivesse olhado para Wooyoung dessa forma antes, o ômega não teria dúvida alguma de seu interesse.

— Tenho – respondeu rápido, pigarreando logo em seguida para parecer mais controlado. — Jongho e Yeosang já iam ficar com a Jiji hoje, eu não tinha compromisso.

— Então você aceita? – o sorriso do alfa era doce, ainda que seus olhos devorassem o mais novo.

— Aceito, aceito sim – murmurou, seus olhos inconscientemente descendo para os lábios do alfa, que dava um sorrisinho de lado.

— Ótimo – San olha seu relógio de pulso, tomando uma decisão naquele momento. — Posso te buscar?

— Você vai dirigir? – o tom de Wooyoung era surpreso.

— É uma situação especial – o mais velho sorri.

— Pode, claro – devolve o gesto, as bochechas corando.

— Pego seu endereço por mensagem, tudo bem? – o ômega concorda e San fica de pé, logo pegando sua pasta intocada. — Tenho que resolver algumas coisas, te vejo às sete, Woo. Tenha um bom dia.

— Você também, San – desejou, vendo o alfa sair da sala com pressa.

Wooyoung não entendia a atitude repentina do alfa e evitava pensar que a afobação de San tivesse a ver com o encontro dos dois, mas não podia conter o sorriso de satisfação em realmente ter o homem interessado romanticamente por si. O Jung deu pequenos pulinhos na cadeira com o sorriso ainda preso no rosto, logo discando para o número de Yeosang, que o atendeu em poucos segundos.

A grande família Choi | WooSan, JongSangOnde histórias criam vida. Descubra agora