Capítulo 4

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Madison

- Não parecia se importar quando Gustavo estava com a língua dentro da sua boca- fico vermelha

- Você viu?

- É claro, e sinceramente - ele dá uma pausa - eu faria bem melhor - ele encara meus lábios - quer descobri?

- Eu quero- ele parece surpreso, sorri- quero eu você saia de perto de mim - concluo e o empurro pra longe

Ele revira os olhos

- Vou contar pro seu irmão em - era pra ser uma ameaça?- poderia ter me machucado - ele já viu meu braço?

- Falando nele... Cadê ele?

- Ele tá...- ele parece pensar na resposta - ocupado, sim ocupado- ocupado?

- Tá transado?- ele parece surpreso - com aquela menina que ele ia se encontrar né? Safado

- Para de falar merda - olho pra ele - tá foi isso sim, mas fica quieta tá - ele analisa meu rosto - você... Tá bêbada?

- Não, tô normal - ata

- Até sua voz tá meio sonolenta e manhosa - mentira - seu irmão vai te matar

- Olha só, eu acho que é você que gosta dele, só fala de Tomas o tempo todo - ele segura meu braço

- Para de falar merda - ele me puxa - vem, vamos pra casa, vou pedir um Uber

- Não posso ir pra minha casa - me solto dele e paro de andar - olha como eu tô- ele analisa meu corpo de cima a baixo - e olha as horas, meus pais vão me matar

- Pra mim você tá linda - meu coração acelera, é álcool- uma gostosa na verdade - bato minha bolsa nele- aí! Tá, parei

Ele sorri e pega o celular pedindo o Uber, me sento no chão. Minha cabeça tá girando, tô tonta

O Uber chega e eu entro no carro, Vincente entra atrás de mim

- Boa noite - o motorista diz - pra avenida dos Bandeirantes né?

- Isso - Vincente fala

Durante a viagem ele coloca a mão em minha coxa. Por que? Também não sei, mas deixei quieto

- Bandeirantes? Não a direção da minha casa - falo

- Você não vai pra sua casa- ele aperta minha coxa- você vai pra minha, os seus pais chatões vão te xingar se te verem bêbada assim, você inventa uma mentira e fala que foi dormi na casa de uma amiga

- Pelo menos foi inteligente nisso...

- Abusa

- Bobão

- Mimada

- Burro

- Gostosa - o olho surpresa - muito gostosa - dou um tapa no ombro dele - Aí!- ele ri

- Para de falar merda - tiro sua mão da minha coxa, ele sorri de lado

Minha cabeça tava girando e o motorista estava correndo. Puta merda, pra que ir tão rápido. Chegamos na casa de Vincente, ele paga e saímos do carro

- Vem, vamos entrar - Vincente puxa meu braço, mas não ando - o que foi? O sapato tá machucando o pé? Quer tirar?- nego com a cabeça - o que foi então?

Ele quase não termina a frase antes de eu vomitar, mais precisamente, no pé dele. Acho que beber aquilo tudo não deu certo

- Puta pariu - ele grita - tinha que vomitar bem no meu sapato!- admito, foi engraçado - Responde alguma coisa

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