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Música do capítulo: Earned It - The Weekend




Os dias que se passaram não foram nada fáceis já que a minha mente não parava de pensar naquela mulher e naquele lugar, nem por um minuto sequer. Depois da breve conversa que tive com o Frank, me dei conta que o meu corpo precisa conhecer aquela mulher e tirar a prova do que eu realmente estava sentindo. Eu queria realmente ter uma noite com aquela mulher? Eu queria ser a única mulher com que ela deitaria atualmente? Ou era um breve surto na minha cabeça?

Felizmente, o meu trabalho me ocupa tendo diversas demandas pra dar conta em apenas um dia. Com a inauguração de uma nova filial da Lumière em Porto - Portugal, os trâmites legais estavam todos sob a minha responsabilidade já que eu sou a sócia majoritária da empresa. Há cerca de três anos, consegui comprar as ações da Lumière com o antigo dono, amigo íntimo do meu pai. Não foi nada fácil ganhar a confiança dele pra gerir uma empresa mas eu sempre tive certeza da mulher competente que sou. A Bettina que é a pessoa que mais confio atualmente, topou participar dessa aventura que felizmente, deu mais que certo.

Após ser chamada por Sarah pra conduzir a reunião do dia, me dirigi até a sala onde estava George, Bettina e Sarah conversando.

— Bom dia, my boss! – George falou animado.

Quem disse que ela é sua? – Sarah batia a ponta da caneta sobre a madeira da mesa.

— Guys, foco! Vamos começar? – todos assentiram – Vamos iniciar discutindo a planilha um. Sarah, por favor, roda a apresentação.

Eu e Bettina conduzimos a reunião e saímos de lá animadas com a nova etapa da empresa. A tarde, conversei com mais alguns funcionários até resolver ir pra casa. Eu não conseguia me concentrar em quase nada, sentia que estava prestes a enlouquecer antes mesmo de conhecer o Paraíso. E pra minha surpresa, durante o caminho pra casa, recebo uma ligação do Frank me pedindo pra ir lá a noite.

Porra. O que eu faço?

Tentei reaver a consciência, subi até a minha casa onde finalmente pude colocar a cabeça no travesseiro e pensar sobre os próximos passos da minha vida. Eu deveria fazer aquilo? O quão errada eu estaria?

[...]

Terminei pegando no sono inesperadamente sentindo o meu corpo cansado. Eu não sabia identificar se tinha mais cansaço físico ou mental. Depois de um tempo raciocinando, levantei pra buscar um vinho e dou de cara com a Bettina na cozinha.

— Hey! Chegou há muito tempo? – Perguntei, indo direto a adega na sala buscar um vinho.

— Cheguei faz pouco tempo, tô varada de fome. Aceita um carbonara?

— E um vinho pra nos acompanhar! – Ergui a taça para ela que de longe, sorriu.

Depois de alguns minutos e umas boas taças de vinho, eu e Bettina jantamos em meio a fofocas que aconteciam nos bastidores da empresa. Eu não conseguia me concentrar direito na nossa conversa, vez ou outra flashs daquela mulher pairavam pela minha cabeça me fazendo achar que eu iria enlouquecer a qualquer momento.

— Tá bom, agora fala. – Bettina interrompeu algo que falava.

— Falar o que?

— Te conheço, Valentina! O que tem te incomodado? – Disse me encarando.

— N-nada – balbuciei – É só preocupação com a inauguração. Nós temos que viajar em um dia e isso me deixa aflita.

— Quer mentir pra mentiroso? – Bettina colocou a taça sobre a mesa, virou o corpo ficando de frente pra mim e me olhou curiosa – Vai, desabafa.

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