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Música do capítulo: Body party - Ciara





Quando a luxúria entra em cena, ela distorce a percepção da realidade. O desejo, uma vez um sentimento natural, e até benigno, se transforma em um vício que nos arrasta para um abismo de excessos e arrependimentos.

Dentro daquela cabine no Paraíso, eu podia sentir que o meu coração iria sair do peito com as frenéticas batidas no qual ele se encontrava. O que estava acontecendo comigo? Fitei novamente os olhos castanhos daquela morena em minha frente, seus lábios estavam entreabertos em uma respiração levemente descompassada. Provocando um sentimento que eu não poderia descrever, eu sentia minha garganta secar, meu coração bater descontroladamente dentro do peito a cada milésimo que se passava. Droga, eu precisava fazer algo, sim, só havia uma coisa que eu precisava naquele momento.

— Achei que não iria voltar, Valentina.

Ergui o meu rosto e dei de cara com a personificação do Paraíso a poucos centímetros de mim. Vênus me entreolhava com uma expressão completamente incógnita mas um leve sorriso malicioso tomava conta do seu rosto.

— O que faz aqui? Seus fãs não estão te esperando? – Ergui a sobrancelha encarando aquele rosto fino na minha frente.

— O show acabou mas posso continuar aqui.

Aquela frase invadiu todos os meus sentidos, dentre eles o olfato que inalava aquele cheiro único de pêssego fresco que ela tinha. Sensual e leve ao mesmo tempo. Céus! O que ela queria dizer com aquilo?

— O que quer dizer? – Perguntei inocentemente me levantando e ficando com o rosto próximo do seu.

Foi apenas o que perguntei antes mesmo  daquela mulher tomar os meus lábios em um beijo feroz. No início, tentei não corresponder e empurrei o seu corpo contra a cabine com força. Mas, Vênus me segurou firme com os seus braços e prensou o meu corpo com o dela na parede até que desisti de lutar. Eu me entreguei intensamente a aquele beijo. Poderíamos nos engolir a qualquer momento de tamanha vontade que nos agarrávamos ali. Eu chupei os lábios de Vênus entre os meus, deslizando a língua para junto daquela que a recebeu com gana. Uma espécie de adrenalina tomou conta de minhas veias, como uma droga que você prova e não consegue mais parar.

A melodia de uma música sensual no fundo e algumas vozes distantes só faziam com que o meu corpo entrasse em transe. Tentando acreditar que aquilo seria apenas um sonho. Uma imaginação. Mas não era.

Vênus entrelaçou os seus dedos entre meus cabelos e os puxou com força, fazendo nossos lábios desgrudarem. Sua boca estava incrivelmente vermelha, sua respiração ofegante, seus olhos vidrados. Eu inclinei o meu corpo pra frente deslizando os lábios pelo pescoço daquela morena gostosa que arfou imediatamente ao sentir o meu toque. Eu lambi, chupei seu ponto de pulso, fazendo ela apertar com mais força os dedos que estavam entre meus cabelos.

— Vênus... – Sussurrei ofegante, inclinando minha cabeça para trás.

— O quê? Hum? Eu te excito? – Murmurou no meu ouvido, enquanto eu levava as mãos para o grande volume que era seu bumbum. Sem deixar que os beijos parassem.

Aquela voz emanava nos meus ouvidos consumindo cada veia do meu corpo. O arrepio tomou conta sentindo aquele ar quente de sua boca e aquela voz sexy no meu ouvido.

— Filha da puta! – Aquilo só saiu da minha boca sem que eu percebesse. Não pude evitar, os seus toques só estavam aumentando a vontade que eu estava de foder aquela mulher.

— Se me xingar de novo, vai se arrepender. – Disse num tom intimidador.

Aquela mulher me encarou por uns bons segundos, eu tinha a mera certeza de que eu podia ver nos olhos castanhos o desejo que ardia ali. Levei rapidamente a mão no vestido que ela vestia e ao subir lentamente sobre minhas mãos, eu consegui visualizar apenas um pedaço da sua pequena lingerie branca.

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