𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎 | 𝑮𝒂𝒃𝒓𝒊𝒆𝒍 𝑩𝒂𝒓𝒃𝒐𝒔𝒂

𝐃𝐈𝐅𝐄𝐑𝐄𝐍𝐓𝐄

RJ | Casa De Arrascaeta  | Seg | 20h01

Se eu pudesse pegar com as mãos a tensão existente no ar entre mim e o moreno com toda a sua certeza seria uma pedra bem grande, e sentir essa tensão que faz nós nos aproximarmos e como uma fogueira, que estava só na brasa, mas quando chegamos nessa cozinha se tornou um fogaréu.

Ele se aproxima lentamente, em um determinado ponto, podendo sentir a sua respiração se misturar com a minha.

- Se eu provar vou me arrepender? - Eu pergunto, me sentindo um pouco ofegante por conta da proximidade.

- Você vai sentir muitas coisas, mas arrependimento, tenho certeza que não será uma delas. - Ele fala numa certeza que posso dizer até mesmo exagerada, mas por algum motivo me faz querer que esse fogo queime toda a lenha que nele foi jogada.

E então ele queima, com um beijo molhado, mas não babado, um beijo forte, mas não ao ponto de me machucar, um beijo acima de tudo intenso por ambas as partes.

Não durou muito e nós dois estávamos sem ar e precisamos, não que queremos, o beijo acaba.

- Se arrependeu? - ele me pergunta, com um sorriso de canto nos lábios, mas mal sabe ele que nessa escola eu sou a diretora

- Sim, acho que vou ter que repetir a dose pra ver se o arrependimento passa - digo com um sorriso mais de canto impossível, como se soubesse que tem algum poder sobre tal pessoa. Ele sorri de volta, uma mão vai para a minha nuca e a outra que estava livre até a minha cintura, e por segundos ele me olha nos olhos e me puxa para outro beijo tão bom quanto o outro.

Depois de alguns minutos nessa pegação, voltamos ao que viemos fazer e como eu percebi que nos drinks ele não é o melhor, usei meus dotes e fiz um ballena com energético de morango que tinha na geladeira e pedi que o paulista experimentasse.

- E aí? ficou bom paulista? - pergunto meio receosa, quem me ensinou a fazer isso foi o meu irmão e o dele fica tão bom que eu não sei se o meu fica tão bom quanto.

- Mais que bom carioca, tem as manhas né? - me olha com um olhar sacana.

- Tem muita coisa que você não sabe sobre mim Gabigol... - digo indo para fora do cômodo, sentindo ele vir atrás de mim e quando eu sento numas das cadeiras que tem ali, ele senta ao meu lado.

- Então começa me contando Lena... - o moreno coloca o braço atrás de minha cadeira e me aproxima um pouco mais dele.

Conto um pouco sobre mim para o jogador que às vezes me interrompe e faz uma pergunta ou outra, conta alguma história parecida com a minha e quase sempre terminamos em risos e melação, algo que eu tô achando bem estranho para ser um cara mega marrento dentro de campo, mas ele está se mostrando ter uma personalidade completamente diferente do que eu pensava.

Bom, depois de muito papo começou a tocar algumas outras músicas mais animadas, mas quando explodiu na caixa de som 'Calcinha Preta' tive que dar espaço a dançarina interior que existe dentro de mim e a coragem do cu para chamar o Gabriel para dançar comigo o forró.

- Vamo dançar? - Ele me encara como se eu tivesse falado algo sem sentido algum.

- Que?! Eu não sei dançar não Helena - faço a melhor cara de cachorro que caiu da mudança.

- Por favor, Gabriel, não custa nada, poxa... - ele parece pensar por alguns breves segundos e me responde.

- O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando - ele diz e se levanta, vamos para um canto próximo ao lugar que a gente estava e a história dele não dançar e completamente piada, ele manja, só tá meio enferrujado e duro, mas tirando isso dá pro gasto.

Dançamos bastante não só as músicas dessa banda, mas quem estava controlando a caixa de som estava inspirado então tocaram mais algumas e aproveitamos. Eu estava só rindo do molejo o jogador que era impagável essa cena e ele concentrado em dar seu máximo era o melhor da noite.

Por mais que pareça que eu os abandonei, não, era só cançaso e preguiça mesmo...

Tomara que tudo que eu escrevi aqui há alguns dias atras se tranforme em realidade, e que o Flamengo dê um baile no fluminenCe!

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amo vocês! beijocas!!!