IMPÉRIO [M] - DESGUSTAÇÃO 2ª TEMPORADA VIVÊNCIA!

•05•

Helena 🐯

Voltei para o baile e no caminho topei com o Murilo, acabei pegando um copo de whiskey com gelo de coco e me aproximei das meninas, tentando voltar para o assunto, o que não foi difícil.

Após um tempo o Arthur passou e eu identifiquei a Maria Luiza se aproximar dele, ambos saíram pela multidão de pessoas. Comprimir os lábios, imaginando o que iria acontecer e tentei ocupar a minha mente com outra coisa qualquer.

Junior : Eu vou meter o pé com uma garota, tu fica suave? -Questionou no meu ouvido e eu confirmei com a cabeça. -Jae, qualquer coisa aciona o seu irmão.

Procurei o Murilo pelo o local, mas não encontrei. Junior e ele tem uma relação de irmãos, literalmente. Tenho um carinho imenso por ele também, crescemos juntos e eu torço pela felicidade dele da mesma forma que ele torce pela a minha.

Desci para dançar com as garotas e perdemos maior tempo curtindo, gravei alguns vídeos pra ter de memória e quando sentir a bexiga cheia corri para o banheiro. Aproveitei para retocar a maquiagem e na saída bati de frente com a Maria Luiza, mas não foi algo ocasional, era notável que foi planejado por ela.

Passei como se não fosse comigo, nossas bolsas acabaram se trombando mas eu não dei ideia, não iria render confusão. Não compreendia o desespero dela kkk até porque se ele quiser ela, eu jamais vou impedir, ela que fique com ele.

Minha bateria social começou a se esgotar e eu decidi ir embora. Me despedi de todas as amigas gatas e fui atrás do meu irmão, até porque não iria a pé né.

Helena : Meu irmão. -Murmurei após o Matheus perguntar o que eu estava procurando. Ele passou a mão pelo o rosto, pairando o olhar pelo o local.

Matheus : Boto fé que ele meteu o pé, Heleninha. -Sorri com o apelido que ele havia me dado há alguns anos atrás e suspendi a sobrancelha. -Quer o que? Ir pra casa? Aciono um dos moleque pra te levar.

Helena : Não precisa. -Resmunguei baixo, mordendo o cantinho da minha boca.

-Leva ela, amor! -Sabrina, a esposa dele murmurou. -Tem um tempo que eu não vejo o Murilo lá, melhor que deixar ela sem companhia pra ir.

Helena : Obrigada, Sabrina! -Sorri, acenando para ela. -Mas não precisa se preocupar, de verdade, eu logo para o meu pai.

Ela acenou sorrindo e eu desci outra vez. Matheus é envolvido e um dos caras de confiança do meu pai. Acho uma gracinha a relação que ele tem com a família, principalmente por ele e a esposa serem jovens, extremamente educados.

Liguei para o meu pai, mas deu caixa postal, suspirei e decidir ir andando mesmo, até porque não estava tão longe. Fui conversando sozinha e tirei a minha chave da bolsa quando cheguei, entrei pela a porta da cozinha por estar sem a outra e ouvir alguns gritos partirem da sala.

Bruna : Pouco me importa o que você está sentindo, Danilo! A única responsabilidade que eu tenho é com a MINHA filha! Tá chateado? Com raiva? Desconta em mim porra. Mas eu não aceito você magoar ela, garota ficou o dia todo pra baixo, sentindo a tua ausência.

Lobão : Pra você é muito fácil, não é? Nunca precisou lidar com a morte de nenhuma irmã tua. -Gritou da mesma forma que ela e eu permaneci no mesmo local, escutando tudo.

Bruna : Qual irmã? A que estava te traindo? Que tentou matar você e envolveu a sua esposa grávida em um confronto com diversas facções? Se enxerga, ela nunca se importou com você, Lobão, se hoje você tem a oportunidade de conhecer os seus filhos é porque...

Lobão : É porque você puxou a porra do gatilho que matou ela há dezoito anos atrás! -Assustei pelo o tom da voz dele, que até então era irreconhecível para mim...sempre convivi com o meu pai estressado, mas dessa forma, jamais!

E então tudo ficou um silêncio ensurdecedor, me aproximei um pouco mais, tentando entender o que estava acontecendo, mas fui surpreendida com um barulho de vidro sendo quebrado. Era uma jarra que ficava na mesa de centro e eu identifiquei devido aos destroços no chão.

Bruna : É porque eu deveria ter deixado ela estourar sua cabeça! -Parei no início do corredor e eles me viram, ela estava extremamente vermelha com alguns cortes do vidro nos pés e o meu pai próximo a escada que dava acesso aos quartos.

Fiquei sem reação alguma, não estava compreendo a situação e o meu pai foi o primeiro a sair, batendo a porta.

Helena : Mãe...o que aconteceu? -Perguntei andando para perto dela e tomando cuidado com os cacos no chão. Ela sentou no sofá começando a chorar e eu não tive outra reação a não ser a abraçar.