Kathe estava doente. E Tony odiava quando sua esposa ficava doente e seu coração ficava partido ao ver a mulher que tanto amava, debilitada. Uma forte gripe havia atingido ela, derrubando Kathe completamente. Há apenas um dia, não havia mais a Olhos Azuis, como ele carinhosamente apelidava a esposa, andando pela casa, sorrindo e suas risadas preenchendo o ar. Apenas conseguia ficar deitada.
E Mel, a cachorra Pastora Alemã do casal, não saiu do quarto nem por um minuto, e permaneceu lá a manhã inteira, até mesmo quando Kathe vomitou o café da manhã que Tony havia preparado e levado para ela na cama.
Naquela mesma manhã, a Dra. Brigitte Devereaux Greenwood, médica e amiga do casal, foi visitar eles, e verificar como Kathe estava.
— Ela vai precisar tomar antibiótico, analgésico, um remédio para cortar o vômito e um xarope para a tosse — a bela médica, loira e de olhos azuis, havia falado. — E além de você beber muita água, Kathe, eu recomendo que o Tony faça uma sopa para você, vai ser algo leve e nutritivo e que vai te ajudar.
— Obrigada, Gigi — Kathe agradeceu, com a voz rouca quase não saindo.
— Você vai melhorar — A Dra. Brigitte segurou em sua mão, a acariciando e sorrindo para ela. — Qualquer coisa, me chame, Tony, que eu venho imediatamente, ou leve ela para o hospital.
— Pode deixar, Gigi. Obrigado por ter vindo — Tony agradeceu, se despedindo da médica.
E era isso o que Tony iria fazer agora. Uma sopa para Kathe!
***
Separou os ingredientes sobre a bancada da cozinha.
Picou a cebola e o tomate. Colocou um fio de azeite na panela, onde jogou os pedacinhos de cebola, os fritando. Adicionou o tomate, e deixou fritando com a cebola e colocou uma pitada de sal.
Cortou os pedaços de peito de frango e os adicionou na panela, e despejou a água fervendo da jarra elétrica, cobrindo tudo.
Enquanto o peito de frango cozinhava com a cebola e o tomate, Tony picou os próximos ingredientes: batatas, cenouras, abóbora italiana, abóbora seca e chuchu.
As verduras e legumes estavam cortados em cubinhos, sobre a tábua de madeira. Tony segurou a tábua com uma mão e caminhou na direção do fogão, despejando tudo dentro da panela, com auxílio de uma colher de madeira.
Ele adicionou uma colher de chá rasa de orégano e uma colher de chá cheia de colorau.
Mexeu tudo com a colher de madeira e tampou a panela com a tampa de vidro, deixando uma pequena fresta aberta, por onde saia o vapor.
Enquanto a sopa fervia e cozinhava, adquirindo uma coloração laranja, Tony marcou o tempo no relógio e encostou-se contra o balcão da pia. Pegou seu celular e minimizou o Deezer, o aplicativo de músicas.
Agora, com Vivo Por Ella tocando e com a tela do celular minimizada, Tony observou a foto do plano de fundo e sorriu.
Céus! Kathe, com aqueles cabelos pretos curtos, olhos azuis e rosto delicado, era simplesmente perfeita e o ser mais lindo de todo o universo, com um metro e setenta centímetros de altura, os músculos dos braços gentilmente tonificados, a barriga levemente definida, as coxas torneadas e o corpo curvilíneo.
Odiava ver Kathe doente e debilitada. Mas faria o possível para que a pessoa que ele mais amava, se sentisse melhor.
***
Kathe estava deitada, com a cabeça repousada sobre dois travesseiros. Mel lhe fazia companhia, deitada na cama, ao seu lado.
Estava sob um cobertor grosso, sentia seus olhos pesados e seu nariz e suas bochechas estavam vermelhos. Abriu lentamente os olhos quando escutou a porta do quarto sendo aberta e observou Tony entrando, segurando a bandeja. Observou o marido de cabelos castanhos desgrenhados, olhos verdes, rosto de formato quadrado e maxilar largo e barba por fazer. Tony era mais alto que ela, com um metro e oitenta e cinco centímetros de altura, ombros largos, peitoral e barriga bem definidos e braços grossos com os músculos tonificados e pernas torneadas.
— Fiz uma sopa para você, querida — Tony disse, apoiando a bandeja com a tigela fumegante sobre o criado mudo ao lado da cama, para que esfriasse um pouco, enquanto ajudava a esposa a sentar-se na cama. Segurou nas mãos dela, a ajudando a erguer o corpo, e colocou um dos travesseiros em suas costas.
Tony sorriu para Kathe.
— Você precisa comer, e como a Gigi disse, a sopa é algo leve e nutritiva, que vai te ajudar a melhorar — Tony falou, sentando-se na beirada da cama, ao lado dela.
— Você é um marido maravilhoso, querido — Kathe disse, rouca e tossindo.
— Logo você vai melhorar, Olhos Azuis — Tony falou, seus dedos acariciando a mão da esposa. — Você só precisa descansar e fazer tudo o que a Dra. Brigitte orientou.
Então, Tony pegou a bandeja e a colocou sobre seu próprio colo, e com delicadeza, levou uma colher de sopa até a direção dos lábios de Kathe, que abriu a boca e permitiu que a colher entrasse, colocando o alimento lá dentro. A combinação do frango com os legumes e verduras e o tempero era suave e Kathe sentiu um alívio na garganta quando engoliu o caldo morno.
— Está deliciosa e muito saborosa — Kathe disse, com um pequeno sorriso estampado em seu rosto cansado.
Tony olhou para ela, com uma expressão de afeto estampada no rosto e encheu a colher novamente.
— Eu coloquei um ingrediente muito especial... amor — Tony falou, dessa vez falando na orelha de Kathe, a fazendo sentir um leve arrepio percorrer por seu corpo.
— Eu percebi — Kathe disse, conseguindo soltar uma risada fraca.
Ele levou novamente a colher até a boca da esposa, continuando a alimentar ela, enquanto Mel repousava sua cabeça sobre o colo de Kathe, como se estivesse dizendo "eu estou aqui e vou cuidar de você."
— Eu sou a mulher mais sortuda do mundo, por ter você como marido — ela disse, encarando os olhos verdes em tom de esmeralda do marido.
— E eu sou o homem mais sortudo do universo, por ter você como esposa — ele respondeu, encarando apaixonadamente os olhos azuis cor de safira da esposa.
Apenas a presença de Tony já fazia Kathe se sentir um pouco melhor do mal estar da gripe e mais animada.
— Obrigada por tudo, querido — Kathe agradeceu.
— Por nada. Agora descanse, enquanto eu organizo as coisas. E lembre-se — eu sempre estarei aqui para você.
Então, Tony levantou-se e inclinou-se na direção de Kathe, beijando suavemente sua testa e saiu do quarto.
— Eu tenho o marido perfeito — Kathe disse, olhando para Mel, conversando com ela — e a cachorra perfeita.
Acariciou os pelos de Mel, e ficou ali, repousando, na companhia de Mel e com a certeza de que nada no mundo ou no universo, e nem mesmo alguma doença, poderia acabar com o amor entre ela e Tony.
Porque eram almas gêmeas.
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Cozinhando Com... Tony e Kathe
RomanceAcompanhe contos curtes, cheios de romance de Tony e Kathe cozinhando.