Capítulo 2

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Encaro os olhos pretos do novo cirurgião contratado e suspiro lançando um sorriso, pois sei que ele não vai durar nem duas horas. Minha mãe, Hanna Deivenn me lança um olhar feio e logo minha outra mãe, Melissa, invade o quarto carregando o meu café da manhã conforme o médico faz as suas anotações na prancheta.

— Você é o sexto contratado, o que lhe faz pensar que vai conseguir continuar? — Pergunto e os olhos pretos do médico vem até mim. — O meu caso tem trinta por cento de dar certo, setenta de dar errado, pelo o seu olhar medroso, pode supor que esteja no começo da sua carreira.. — Faço uma expressão enigmática e logo continuo. — Tem certeza que quer continuar com isso? Vai ser péssimo se me deixar pior do que já estou. — Sorrio para ele e o médico balança o peso das suas pernas uma para outra. Ele olha para minha mãe e engole em seco. — E aí, doutor, quando podemos fazer a cirurgia? — Indago e o mesmo dá um passo para trás.

É, eu acertei em cheio outra vez!

Todos vão embora depois dessa conversa, é tão simples manipulá-los que chega a ser entediante.

— Eu eu ... senhorita Deivenn acho que não posso fazer a sua cirurgia, seu caso é muito complexo..

— É, eu sei, muito obrigada! — Exclamo. — Quando sair feche a porta, está bem? — Lanço um sorriso amigável e depois encaro as minhas mães que ao contrário de mim estão furiosas comigo. — O que?! — Pergunto e em sintonia elas cruzam os braços.

— Isso não pode continuar, Lisa. — Começou Melissa e abaixo os meus olhos. — Querida, a mãe sabe que você está triste com tudo que aconteceu, mas você ainda tem uma chance, mesmo que seja mínima, já é uma dose de esperança para lutar. — Meu coração se desespera e lágrimas quentes começam a escorrer dos meus olhos. — Lembra que a Willow pediu para você viver e ser feliz, quanto custa tentar? — Indaga jogando baixo e fito os olhos da minha mãe.

—Trinta por cento. — Sussurrei deixando a sensação pungente e com gosto ruim do medo assumir outra vez. — A possibilidade de eu voltar a andar, mãe. É trinta por cento! Não me peça para ter esperanças para logo depois elas serem arrancadas de mim! — Murmuro. — Você não sabe pelo o que estou passando, você não sente as dores, nem as pinicações. — No mesmo segundo que a frase é pronunciada me arrependo, os olhos cor de mel da minha mãe me fitam cheio de lágrimas que ela segura para não chorar em minha frente. — Mãe.. desculpa eu eu ... não quis dizer dessa forma. — Ela sempre está comigo aqui e eu acabei de machucar os sentimentos dela. Merda! Fui uma péssima filha.

— Melissa! — Chama a minha mãe passando a sua mão pelas costas dela.

— Preciso de um minuto, Hannah. — É a única coisa que diz antes de entregar a pequena mesa com café que estava segurando, nas mãos da sua esposa e sair do quarto. Assim que a porta se fecha, um nó treme em minha garganta e logo estou soluçando sob os braços da minha mãe, Hanna, ao meu redor.

Cuidada Por Você. (Médico/Agente FBI)Onde histórias criam vida. Descubra agora