ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟜

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𝑶 𝑻𝑹𝑨𝑩𝑨𝑳𝑯𝑶 𝑫𝑬𝑷𝑶𝑰𝑺 𝑫𝑶 𝑫𝑬𝑺𝑭𝑰𝑳𝑬

•|VISION SOPHIA|•

      Ouvi Alex resmungar algo que não entendi ao certo mas não me importei, passei pela cortina dando de cara com o guitarrista da banda, estranhei o fato dele estar tão perto assim da entrada da passarela mas segui com o desfile normalmente.

    Assim que cheguei ao fim do tapete ouvi o vocalista anunciar uma pausa e sair dali as pressas puxando seu irmão para o camarim mas próximo. Achei ainda mais estranho porém continuei a performance.

    Quando terminei voltei para dentro e Alex veio até mim furioso me puxando pelo braço.

— Temos que ir agora! — falou ele praticamente me arrastando para a porta.

— Enlouqueceu? O desfile ainda não acabou!! — falei tentando me soltar inutilmente.

— Tivemos um problema Sophia e não podemos esperar!! Já conversei com Chris — explicou, seu tom sério já me deu uma pista do que se tratava.

    Concordei com a cabeça e o acompanhei de bom grado. Antes de sair, me virei para trás vendo os quatro integrantes da banda me olhando fixamente enquanto eu saia seguida por Alex, tentei ignorar e caminhei as pressas até o carro, Alex parecia irritado.

— Pode me dizer o que caralhos está acontecendo? — falei furiosa enquanto entrava no veículo sem esperar que ele abrisse a porta como sempre fazia.

— Seu pai me ligou... As coisas no Brasil saíram do controle! — respondeu Alex acelerando o carro como nunca vi antes.

    Não sabia do que se tratava mas era a primeira vez em quatro anos que meu pai ligava pedindo minha ajuda, então sabia que a coisa era realmente séria.

    Saímos do salão indo direto para o heliporto de Los Angeles, Alex já tinha deixado tudo pronto para a ida até o Brasil, o que me deixou realmente assustada, eu estava no escuro e ninguém me contava absolutamente nada. Desci do carro e entrei no avião logo em seguida, ainda estava com a roupa do desfile, sem mala e sem comida.

— Não temos tempo, ande logo!! — disse Alex ao piloto que logo iniciou a decolagem.

•|VISION TOM|•

    Ouvir as palavras daquele maldito se referindo a nossa garota, foi como levar um tiro. Não me pergunte como minha obsessão aumentou de uma hora para outra, pois nem eu sei o real motivo, mas ela pertencia a nós, a mim e ao Bill e ninguém iria tirar a garota da gente.

— Tom por que... — Bill começou mas antes que ele terminasse, ouvimos algumas vozes vindas de fora do camarim.

    Saímos indo até onde as modelos estavam e quando olhamos na direção da porta vimos Sophia junto daquele homem em uma leve discussão. Ele disse algo que a calou instantaneamente e logo depois ela o seguiu até a saída mas antes se virou para nós.

    Seu olhar assustado e preocupado ficou gravado na minha mente.

— Vamos atrás deles! — falou Bill que agora tinha o mesmo olhar de ódio que eu.

    Um passo, foi tudo que demos antes do telefone de Gustav tocar e ele segurar meu braço mostrando na tela quem estava ligando. Era Cain, responsável pelos nossos "negócios" fora da banda, ele sabia que estávamos trabalhando então não ligaria se não fosse importante, peguei o telefone indo para o estacionamento seguido dos três e ao chegar lá fora coloquei no viva voz.

Passarela da perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora