𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐍𝐎𝐕𝐄
As ondas do mar são o meu vestido noturno.
E o Sol na minha cabeça é a minha coroa.
Construí este Rainhado por conta própria.
E todas as montanhas são meu trono.
queendom – aurora
Crescendo, Varya fora avisada para se precaver dos demônios que espreitavam nas sombras da escola. Ela sabia, é claro, das criaturas que passeavam pelos campos, sua sede de sangue as fazendo espreitar pelas persianas fechadas, atraindo as almas puras das crianças para saírem e brincarem.
Sua maior fobia eram os baubas, fantasmas demoníacos que se alimentavam da inocência e da ingenuidade. Esses monstros, embora presumivelmente fictícios, se escondiam dentro do castelo – embaixo de suas camas de madeira, em suas gavetas pequenas, atrás das escadas. Eles só saíam à noite, e saboreavam o medo.
Ela nunca tinha visto um, mas as governantas que cuidavam dos aprendizes sempre contavam histórias para ela. Sua mente jovem acreditava em cada palavra, e por muito tempo, ela não conseguia dormir até que o galo cantasse nas primeiras horas do dia, fazendo-a sair de debaixo de suas cobertas.
Então, conforme ela crescia, ela começou a temer menos os fantasmas e a observar mais os humanos. Ela percebeu, eventualmente, que os baubas não passavam de uma representação da maldade que a humanidade havia tecido.
No final, ela se descobriu mais semelhante a um fantasma do que a uma pessoa viva. Sempre teve um corpo fraco e uma mente saudável, sua estrutura pequena fazendo com que passasse despercebida na infância. Durante sua infância, quase sucumbiu à pneumonia, tossindo incessantemente por noites a fio até que o curandeiro da aldeia concordou em vê-la. Mesmo após a cura, ela ainda lutava para respirar às vezes, a tontura se tornando mais uma realidade do que uma ocorrência incomum.
Assim que seus poderes se desenvolveram, ela sentiu sua força crescer, mas sua presença já havia sido diminuída. Varya era alguém acostumada a se esconder, a ser uma pessoa discreta. Ela se mantinha reservada, raramente falando com as pessoas ao seu redor a menos que fosse para a aula.
Além disso, sua presença também era semelhante à de um fantasma, com ombros caídos e longos cabelos pretos emaranhados. Seu rosto não carregava qualquer luz, e seus olhos escuros fitavam os de seus colegas, sem emoção e frios. Sua voz era suave, como um sonho, melodiosa, e sua pele era cinza translúcida, enfraquecida pela falta de luz solar em seu castelo.
Mesmo assim, seu estado atual era excepcionalmente fraco. Varya deixou os pés pendurados na beira da cama, demasiado exausta para arrastar-se para dentro dela. Sua cabeça repousava em um dos travesseiros, olhos fechados, enquanto tentava respirar lentamente, tentando aliviar a dor latejante em suas têmporas. Ainda assim, ela se recusava a ir para a enfermaria, não querendo ser obrigada a passar a noite da reunião de Slughorn em uma cama de hospital.
Ivy observou-a com preocupação da sua cama, as sobrancelhas franzidas diante da óbvia dor da colega de quarto. Ela mordeu o lábio, depois levantou-se e ajoelhou-se, olhando embaixo da cama. A garota loira estendeu a mão, ignorando o nojo que sentia ao tocar o tapete empoeirado, e puxou uma pequena caixa.
Ela se aproximou de onde Varya gemia de miséria, então a ergueu lentamente apesar dos protestos fervorosos da garota. Ivy ajudou sua amiga a se apoiar na cabeceira da cama, então abriu sua caixa e retirou um frasco de líquido.
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𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋𝐒 | 𝐓𝐎𝐌 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄 {+𝟏𝟖}
Fiksi Penggemar𝐓𝐒𝐃 | Em 1926, Grindelwald é capturado pela primeira vez por Newt Scamander, fazendo com que seus seguidores se escondam. A família Petrov, uma antiga família de sangue-puro do leste europeu, é forçada a fugir para a Romênia enquanto é perseguida...