Neste intrigante relato histórico, quatro mulheres destemidas da Idade Média buscam independência em um mundo dominado por normas opressoras. Longe de desejarem o caminho tradicional de casamento e submissão, elas desafiam as expectativas, enfrentan...
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Morgana tentou recusar, um pouco envergonhada, mas a mulher insistiu com um sorriso gentil e determinado. Finalmente, Morgana aceitou as moedas, sentindo o peso delas em sua mão, enquanto Clarice também recebia suas cinco moedas de ouro. Clarice olhava para as moedas novas, brilhando ao sol refrescante da manhã, maravilhada com o brilho e a generosidade da mulher cigana.
A cigana, percebendo a hesitação e o agradecimento silencioso das duas, deu-lhes um sorriso caloroso e disse:
— Não se preocupem, queridas. Considerem isso como uma pequena retribuição por seus esforços. Que a prosperidade e a felicidade acompanhem vocês.
Com essas palavras, ela segurou a mão do marido e começaram a se afastar, deixando Morgana e Clarice olhando para as moedas com um misto de gratidão e surpresa. A vila ao redor continuava seu movimento habitual, mas para Morgana e Clarice, aquele gesto parecia ter iluminado ainda mais a manhã.
— Essas moedas nos ajudarão muito — comentou Morgana, guardando cuidadosamente o dinheiro em um pequeno bolso.
Clarice assentiu, ainda impressionada pela generosidade do casal cigano.
— Sim, e que sorte termos encontrado pessoas tão bondosas.
As duas amigas sorriram uma para a outra, sentindo uma nova esperança para os dias que viriam.
Depois do encontro com o casal cigano, Morgana e Clarice continuaram suas vendas na feira, sentindo uma leveza e alegria renovadas. As geleias, com sabores de morango, framboesa e maçã, foram vendidas rapidamente, atraindo muitos clientes curiosos.
Quando todas as geleias estavam vendidas e a cesta estava vazia, Morgana e Clarice começaram a recolher suas coisas. Clarice, ainda usando o capuz azul para evitar ser reconhecida, ajudava Morgana a arrumar a pequena barraca improvisada.
— Foi um dia muito produtivo — comentou Morgana, enquanto dobrava cuidadosamente a toalha de mesa. — Com essas moedas, poderemos comprar mais ingredientes e talvez até algumas roupas novas.
Clarice sorriu, sentindo-se útil e animada com a perspectiva de contribuir mais.
— Sim, e talvez possamos fazer mais geleias. Quem sabe até diversificar os sabores.
Enquanto conversavam, avistaram um grupo de crianças correndo e brincando perto do riacho, rindo e se divertindo. A cena trouxe um sorriso aos rostos de Morgana e Clarice, que se lembraram dos dias simples e felizes de suas infâncias.
De volta à casa, foram recebidas por Seraphina, Esmeralda, Willian e Marryson, que estavam ansiosos para saber como havia sido o dia na feira.
— Como foi a venda? — perguntou Esmeralda, já imaginando o sucesso que as amigas tiveram.
— Foi incrível! — exclamou Clarice, retirando as moedas do bolso e mostrando-as ao grupo. — Conseguimos vender todas as geleias e ainda ganhamos algumas moedas de ouro extras de um casal muito generoso.
Seraphina olhou para as moedas com interesse.
— Que sorte! E quem era esse casal?
Morgana explicou brevemente sobre o casal cigano e sua generosidade. Enquanto todos ouvia atentamente, Esmeralda não conseguiu esconder seu entusiasmo.
— Precisamos celebrar! — exclamou, com os olhos brilhando. — Vou preparar algo especial para o jantar.
Todos concordaram, animados com a ideia de uma celebração. Esmeralda e Morgana começaram a preparar um banquete simples, mas delicioso, enquanto Willian e Marryson cuidavam das tarefas externas, como buscar água e cortar lenha para a lareira.
À medida que a noite caía, a pequena casa de Morgana encheu-se de risos e conversas animadas. A luz das velas iluminava os rostos felizes enquanto todos se reuniam ao redor da mesa para compartilhar a refeição.
Durante o jantar, Willian levantou seu copo e fez um brinde.
— A novos amigos, novas oportunidades e à generosidade que encontramos ao longo do caminho. Que sempre possamos estar juntos, apoiando e cuidando uns dos outros.
Todos levantaram seus copos, brindando e trocando olhares cheios de gratidão e amizade. A noite seguiu com mais risadas, histórias e a promessa de dias melhores, unidos pelo laço que formaram.
Quando a festa acabou e todos se prepararam para dormir, Clarice e Seraphina deitaram-se lado a lado, compartilhando um momento de cumplicidade.
— Hoje foi um bom dia, não foi? — perguntou Clarice, olhando para o teto de madeira.
— Foi sim — respondeu Seraphina, segurando a mão de Clarice. — E eu sinto que teremos muitos mais dias assim.
Clarice sorriu, sentindo-se confortada pelas palavras de Seraphina. Ela fechou os olhos, deixando-se levar pelo cansaço e pela felicidade daquele dia.