Pela noite a tribo inteira se alimentou bem, e pela madrugada todos se reuniram para planejar o combate contra Yuruem.
Não tinha tempo a perder e Torn sabendo disso teve uma ideia rapidamente, que seria usar sua cabana como isca a enchendo de explosivos, e usando Lavínia para abrir o buraco e chamar a atenção da besta já que ela era a mais ágil do grupo, os homens ficariam próximos a saída armados com as espadas e lanças, e as mulheres iriam se afastar da tribo. Torn deixou a missão de guiar as mulheres e crianças com Kayan, pois era a mais experiente que sabia andar pelo bosque, o mesmo pediu a ela que os aguardassem escondidas.
O plano estava feito, e antes do sol dar seu ar de graça, as mulheres e crianças começaram a preparar suas coisas para partir, Marilda se despediu de Torn, o levantando para o alto e o beijando com os olhos cheios de lágrimas, e as demais mulheres comprometidas também se despediam de seus maridos, assim como as crianças de seus pais, Lavínia ficou um pouco nervosa e fechou os olhos para tentar se acalmar, mas logo sentiu um toque em sua mão, e era Anastácia que a segurou e disse.
Anastácia: - Boa sorte senhorita Lavínia ! Confiamos em vocês, tome !
A garotinha deu uma pequena pedra verde envolvida em um cipó nas mãos de Lavínia, a mesma o segurou firme e olhou para a garotinha que sorrindo e os olhos lacimejados disse.
Anastácia: - Fiz um para o meu papai, e estou te dando o minha pedra da sorte.
Lavínia : - Obrigada !
Lavínia a abraçou e logo a fez ir com sua mãe, antes de irem a mesma se agachou e mandou Dingo ir junto das mulheres, o cachorro abaixou as orelhas, mas obedeceu as ordens de sua dona e foi junto das crianças.
Kayan estava perto da saída da tribo aguardando as mesmas com uma tocha nas mãos, e logo todas foram até Kayan e partiram em meio ao bosque.
Os homens prepararam o terreno, e abriam o saco com as bombas, dentro dele haviam dezenas bombas pequenas, os homens usou apenas algumas fazendo um círculo dentro da cabana de Torn. Feito isto todos foram para próximo ao portão de saída da tribo levando o restante do saco de bombas, e empunhando as espadas e tochas.
Torn foi segurando seu machado, Olav com uma lança e um escudo. Os homens que seguravam os escudos ficaram de frente para proteger os de trás. Astolfo estava ao lado de Torn tentando segurar sua tremedeira, Torn vendo aquilo, colocou as mão sobre a mão direita do rapaz e fez um gesto com a cabeça o incentivando, o garoto respirou fundo e manteve o foco na cabana aonde estava Lavínia e as bombas plantadas.
Dentro da cabana, Lavínia segurava uma tocha acesa em mãos, com sua mochila nas costas, a mesma respirou fundo pendurou a pedra verde entregue por Anastácia em seu pescoço, e tomada por coragem a menina levou seu punho para o solo e puxou a terra do mesmo, ao fazer aquilo, o tremor se iniciou.
Os homens do lado de fora sentiram aquele tremor e todos ficaram alertas esperando. Torn então disse.
Torn : - Se perdemos ou ganharmos, saibam que será com honra... Coragem todos !
Dentro da cabana, Lavínia acendeu todos os pavios curtos e saltou para fora da cabana, correndo, assim que saiu, Yuruem saiu com tudo debaixo da terra deixando metade do seu corpo para dentro, arrebentando a cabana de Torn, e assim que saiu o mesmo ouviu o som dos pavios que estavam acesos, e antes que pudesse reagir, as bombas explodiram em volta de Yuruem, lançando Lavínia para frente em direção a Torn, a garota caiu sobre o solo rolando e uma cortina de fumaça se levantou, todos olharam para aquela direção.
A cortina de fumaça abaixou lentamente e lá de dentro saltou Yuruem rugindo ferozmente correndo de quatro patas para atacar todos. Torn se espantou que as bombas não o causaram dano e arregalou os olhos gritando.
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O Bosque Branco
FantasyLavínia era uma doce criatura, com a aparência felpuda acinzentada e orelhas e focinho como de uma lebre mas com características humanas, a mesma tinha como seu hobbie favorito a pesca, que seu pai havia ensinado a ela quando mais nova, antes de des...