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Um mês depois....

Pov: Priscila Caliari

Estou me arrumando para buscar a Beatriz em sua casa já que vamos a viagem que planejamos desde mês passado, decidir ligar para ela para ver se já podia passar lá.

Ligação on

Beatriz: Oi pri já está vindo?

Priscila: Já posso ir?

Beatriz: Sim.

Ligação off.

Desligo o celular, vou até meu carro e dou partida rumo a casa da Beatriz.

Minha relação com Beatriz não ficou tão boa depois que ela foi embora, parece que nosso relacionamento esfriou e automaticamente comecei a ficar um pouco mais fria, o que acabou resultando em algumas brigas por esse motivo, a Beatriz também é muito paranoica com algumas coisas e isso me deixa um pouco estressada para lidar com ela, fora que tenho que ficar resolvendo algumas coisas da facção o que dificultou um pouco minha comunicação o tempo inteiro com ela.

É um pouco difícil resolver tudo ao mesmo tempo, principalmente quando se tem alguém no seu pé pedindo por atenção o tempo todo. Eu resolvi sair da escola da minha mãe e ir para outra pois ela estava no meu pé também, mas dessa vez o motivo era de que eu estava muito estressada com outros alunos e que devia baixar um pouco a guarda, então decidi sair e ir para outra escola já que não ter um trabalho não é uma opção para mim, mas não sabia como dizer para a Beatriz, eu sabia que ela iria surtar e acabaria em briga, então estou adiando essa conversa tem um tempo.

Minha vida não está nenhum pouco fácil com isso tudo acontecendo, às vezes tenho vontade de pegar o controle e parar tudo o que está acontecendo só para que eu possa respirar um pouco, mas não tenho esse poder e sei que não é assim que funciona.

Vejo a casa da Beatriz e ela na frente com suas malas, decidimos ficar alguns dias em uma cidade grande onde ninguém atrapalharia nossos planos e eu espero que isso realmente aconteça. Paro em frente sua casa, desço do carro e ajudo ela a colocar as malas no porta malas do carro, logo depois entramos e eu dou partida para nosso destino.

O caminho é um pouco longo, umas três horas e meia de viajem o que resultaria em uma bela parte de nossa tarde dentro do carro.

Beatriz: Porque está tão estressada?

Eu não tinha dito nada até esse momento para a Beatriz e ela sabe que é porque estou muito estressada. Me viro para ela com o rosto sério.

Priscila: Eu não estou estressada...

Digo com um tom baixo..

Beatriz: Priscila você sabe que não consegue me enganar, porque tenta mentir mesmo assim?

Priscila: Porque eu não quero ficar falando sobre tudo da minha vida para você, não acho que seja necessário.

Ela não disse nada, apenas se virou para a janela do carro e se aconchegou no banco para ficar em uma posição boa.

Decidir não falar nada pois não queria estragar nada naquele momento então só me virei para frente e continuei a viagem, ficamos sem nos falar por uma hora mais ou menos o que me deixou um pouco cansada e me fez começar a ficar com sono.

Beatriz: Priscila onde tem água?

Foi sua primeira frase depois desse tempo.

Priscila: No porta luvas tem uma garrafa térmica com água.

Ela abre o porta luvas, pega a  garrafinha e bebe um pouco da água.

Beatriz: Quer água também?

Priscila: Não, obrigada.

𝕆 𝕥𝕒𝕝 𝕒𝕞𝕠𝕣Onde histórias criam vida. Descubra agora