Lan Zhan conseguiu me tirar de dentro de casa, e oh boy, eu realmente precisei ser arrastado. Saímos pela porta dos fundos e eu já sai de dentro da casa usando o capacete da moto. Lan Zhan me olhou com uma cara esquisita e balançou a cabeça, me puxando para subir na sua incrível máquina.
Abracei sua cintura e fomos em direção ao barzinho. Eu não consegui manter meus olhos abertos durante a viagem porque estava com uma enorme fobia social e achava que todos estavam me encarando. Quando finalmente chegamos ao bar, Lan Zhan me ajudou a descer e guardou meu capacete junto com o seu na entrada. Eu estava com a cabeça abaixada e olhava para os próprios pés, com medo de tudo e de todos. Não sabia que estava realmente tão ruim e com tanto medo.
Senti mãos agarrarem às minhas e o peito de meu namorado bateu em meu rosto – ele me abraçou. E abraçou tão forte que eu mal pude respirar com o seu corpo tão próximo. O aconchego durou o tempo suficiente para que eu me sentisse como uma criança idiota e um adulto pior ainda.
Meu namorado me beijou. Ele não ligou para o ambiente e nem para os futuros olhares de caras que não gostavam de gays, ele simplesmente me deu um beijo daqueles na entrada do bar. Eu me sentia sendo devorado por sua boca intensa e sua língua contornou a parte interna de minha boca como se isso fosse me matar de amor. E quase me matou.
Ele se separou de mim e acariciou meu rosto e não precisou dizer nenhuma palavra.
– Obrigado. – Eu disse. – Eu vou ficar bem.
Ele sorriu e nós entramos para nossa festa começar.
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– Cara, você não faz ideia do quanto eu amo Nutella– Falou Cheng, fazendo Lian suspirar. – Nutella no pão é bom demais.
– Eu concordo. – O Lan Zhan disse e eu sorri. – Mas Nutella no Wei Ying é bem melhor.
– Oh, cristo! – Fez Lian antes de se retirar e me deixar rindo na mesa com os outros. Ele estava em horário de trabalho e isso fodia com parte da diversão, mas eu estava contente por não estar tão tenso ali.
Cheng puxou um papo engraçado sobre garçonetes mal encaradas e me fez gargalhar, enquanto eu sentia as mãos grandes de Lan Zhan acariciando minhas coxas. Ele sempre estava me tocando, então isso não era nenhuma novidade safada para mim. Lan Zhan tinha esse ditado ou algo do tipo. Ele dizia: você é meu e eu quero ficar pegando o tempo inteiro e eu sequer achava ruim.
Lan Zhan saiu um pouco e disse que logo voltava. Ele apontou o dedo para o Cheng e falou algo no ouvido dele. Eu acho que ele falou de mim, porque o Cheng deu uma risada sem graça e soltou um qual é, sou teu brother! e meneou a cabeça. Assim que Lan Zhan saiu de perto, ele me cutucou.
– Porra, ele é ciumento pra caralho.
Eu apenas ri.
– Nem sei por que, sou o maior feioso. – Comentei e o Cheng me deu um tabefe no ombro, negando. – Ai.
– Sabe, Wei Yingstein, você tem que parar com isso. O Lan Zhan te ama do jeito que você é, até com esses teus olhos gigantes e esse teu tamanho de criança. – Eu o bati. Ora, ele me ofendeu me chamando de... olhudo.
– Eu sei, eu sei. Ele me ama, e eu o amo de volta, ok? – Ele concordou e eu fiz uma cara maliciosa que o assustou. – E você ama o Lian.
– O que? – Ele levantou e eu o puxei pela cintura para ele sentar novamente. Ele ficou ao meu lado e começou a falar baixinho. – Wei Ying, quem te contou isso?
– Bem, você se entregou agora. – Dei uma gargalhada e ele fez uma cara de tenso. Cara de tenso é um emoji que eu tenho no WhatsApp, enfim. – Eu sei que você gosta dele. Qual é, Cheng, somos amigos, não é? Confesse.
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Wei Ying Não Tem Muita Sorte!
RomantikWei Ying, recém formado em música, volta da faculdade para a casa dos pais em sua pequena comunidade chinesa em Nova Jersey, EUA. A vida dele parece estar indo por água abaixo e ele está completamente sem expectativas. Isso até ele conhecer o vizinh...