Além da conta

11 3 13
                                    

Anila não morreu, para a infelicidade de Duna

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Anila não morreu, para a infelicidade de Duna. Nem ao menos foi presa. Mesmo de um modo errado e contra as regras, ela tinha chegado a algum lugar. Tinha desvendado a morte de Kalio, descoberto o que ele trazia para a cidade e recuperado isso, além de fazê-los descobrir duas bases dos Cobralias, alguns dos Natures que estavam na festa, e o retrato falado de outros.

Ter conseguido o pergaminho foi o que mais impediu que recebesse uma punição severa. Se sentia infeliz por não ter conseguido os outros, mas pelo menos sabia do que se tratava o pergaminho, desde os desenhos até o que estava escrito. Tinha conseguido ler ele depois de muito protesto de Duna, mas não tinha nada que ele pudesse fazer. Mesmo que tivessem tirado a magia que encobria as palavras, elas ainda estavam escritas no idioma dos Cobralias e Nathair havia se negado mesmo sob tortura a dizer o que significava.

Anila entendeu aquilo como um pedido de desculpas da parte dele por a ter abandonado, mesmo que Anila não sentisse que precisasse, mesmo que não quisesse que ele fizesse aquilo.

A Realeza não teve outra opção senão pedir a Anila para fazer isso, o que ela fez, depois de trocar seus serviços pelo perdão da Realeza por ter mentido em seu depoimento anos atrás sobre o que Nathair tinha lhe ensinado ou não.

A bomba era realmente maior do que Anila pensou a primeiro instante, e tinha potência de destruição de um raio de seis quilômetros. Isso era muito além do necessário para destruir um Posto, o plano de Baem era muito maior do que o que ele tinha dito.

Por toda sua colaboração, e pelo seu silêncio em relação a tudo aquilo, nem Anila, nem seus companheiros foram presos, mas ainda assim receberam punições. Serviços comunitários, o que poderia não ser nada demais, mas para um Natur era horrível. Anila sabia que aquilo era ideia de Duna, se tinha uma coisa que ela odiava mais do que ter que conviver com humanos, era limpar o lixo deles, e ele sabia muito bem disso.

Junto com isso, continuariam com seu trabalho, mas não receberiam nenhum caso importante, ao invés disso, teriam que resolver diversos casos menores, e haveria uma cota a ser cumprida, que seria supervisionada por Duna.

Mas Anila sabia que não seria só isso, eles ficariam de olho nela, Baem tinha demonstrado interesse, e desconfiavam que viria atrás dela de novo, se não por desejo, por vingança. Anila seria a isca deles, além de sua única fonte para desvendar outros pergaminhos e papéis que eles conseguissem.

Saíram do Posto depois de longas horas de interrogatório, investigação e broncas. O sol estava alto no céu, e a cidade continuava barulhenta como sempre. Anila respirou fundo, logo dando uma tossida quando um ônibus passou na rua e o cheiro da gasolina subiu. Ela sentiu vontade de vomitar, mas se segurou e fechou a cara indo em direção a um dos carros estacionados não muito longe.

Era um carro novo, monitorado pela Guarda, só poderia andar com ele e só usá-lo para ir para suas investigações. Ela entrou do lado do motorista, Oleandro ajudou Nilo a entrar no banco de trás antes de dar a volta e ficar no passageiro.

Os segredos das cobrasOnde histórias criam vida. Descubra agora