Capítulo 45- ''Amor e família.''

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Lucerys

Eu amo crianças.

Gostei de ter muitos irmãos e considero as minhas primas como irmãs. Nunca foi um problema para mim a casa cheia, irmãos pequenos ou ser o segundo filho, até  porque isso fez com que convivesse muito com meus irmãos caçulas de uma forma super protetora e mesmo distante sempre estiveram em meus pensamentos  e com a chegada da minha irmã caçula tudo se tornou ainda mais belo, porque pude conviver com ela em seus primeiros momentos de vida e isso tornava tudo um sonho distante.

Desde cedo sempre quis uma família grande, pois cresci numa cheia de amor. E mesmo assim nunca forçaria meus desejos para Aemond, afinal entendia que as maneiras as quais fomos criados eram diferentes em várias proporções.

Entender e aceitar foi coisas relativamente fáceis sobre isso, mesmo que meu desejo fosse outro. Nunca faria uma criança nascer e crescer sem o amor de um de seus criadores, mesmo que devêssemos ter um herdeiro e bem, não me importava nada, o dever não era tão importante quanto Aemond e suas vontades e não era um exagero dizer que faria tudo que ele me pedisse.

Títulos, ouro ou qualquer outra coisa eram apenas detalhes distantes e sem importância para mim. 

Sempre foi Aemond e sempre seria
E nunca menti quando disse que estava tudo bem sermos apenas nós dois, afinal éramos uma família completa da mesma forma.

Quando a gravidez foi descoberta, meu principal pensamento estava em Aemond e como ele reagiria, pois as coisas que ele passou juntamente com Aegon foram momentos traumatizantes, até porque ele teve inúmeros pesadelos, por semanas até enfim deixar tudo para lá.

Não que ele tivesse esquecido, afinal é difícil esquecer nossos traumas ou processa-los de uma maneira saudável.
Só que ele conseguiu viver a vida sem a intromissão desses eventos sombrios.

Então óbvio que meu primeiro pensamento foi como evitar isso tudo. Por mais que eu amasse crianças e a ideia fosse incrível, tudo que eu senti foi medo de estar fazendo com que Aemond se submetesse contra sua vontade a ter algo que não queria.

Em Dorne, há práticas melhores de aborto e se fosse preciso, faria tudo que estivesse em meu alcance para deixá-lo bem consigo mesmo.
Ou se Aemond preferisse, havia a opção de fazer como Aegon fez e deixá-lo sobre cuidados de pessoas que cuidariam e amariam o bebê.

Passar o meu cio junto a ele nunca esteve em meus planos, justamente por saber que as chances do chá funcionar eram mínimas e mesmo assim, lhe dei fácil acesso para desfrutar do chá de Lua, como sempre o fiz.

Não que tenha funcionando.

O que me surpreendeu foi vê-lo aceitar a idéia e nas primeiras semanas após a descoberta e o comunicado a todos, estive ao seu lado para absolutamente tudo, preocupado de estar perdendo qualquer sinal que ele não queria isso ou que não fosse esse o diagnóstico.

O cio dele não veio e suas mudanças passaram a serem óbvias, deixando claro seus desejos e suas mudanças de humor, mesmo que fosse mínimas no início.
Confirmando que realmente estava gerando nosso bebê.

E com isso, passou alguns meses e vê-lo com sua barriga grande me enchia de orgulho e amor todas as vezes e toca-lo parecia mágico.

— Vai tomar banho — resmungou Aemond num tom irritadiço, que me deixou confuso ao encará-lo, observando que ele estava sentado frente a lareira acesa do nosso quarto.

Eu mal havia chegado no nosso aposento e ele já havia se irritado.

— O que? —perguntei confuso, tentando cheirar algo diferente, só que o cheiro predominante no quarto era apenas de Aemond, algo que era comum na gravidez pelo fato dos ômegas se tornarem territoriais. 

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⏰ Última atualização: Jul 24 ⏰

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