Toda a cidade estava em frangalhos, resultado da batalha entre os residentes e os vários animais selvagens. No entanto, o principal causador da calamidade eram os Vermes de Madeira.
Por toda parte, havia marcas de dilaceração na madeira antiga da árvore colossal. Em algumas áreas, segmentos completos haviam sucumbido aos Vermes, separando-se do restante da árvore e caindo no abismo nebuloso abaixo.
Nos céus, alguns Gaviais carregavam Vermes como troféus de caça, enquanto outros Gaviais abatidos eram devorados pelos Vermes.
Em menor quantidade, mas ainda presentes, havia os Lukers, lagartos camaleões que se alimentavam principalmente dos Vermes de Madeira. Os lagartos Chorões, cinco vezes a altura de um humano, banquetavam-se com as carcaças dos Vermes espalhadas pela cidade.
No meio dessa catástrofe, pequenos grupos de sobreviventes humanos lutavam com determinação febril e desesperada contra a maré de inimigos.
Ele teria ouvido gritos se o ar não assobiasse tão alto em seus ouvidos.
O homem grisalho cerrou ainda mais os dentes e olhou na direção do Verme repugnante, que parecia pressentir a queda do Gavial.
Um jovem soldado emaranhado no cadáver do pássaro odioso que foi decapitado pela lança, estava prestes a aterrissar bruscamente na madeira gasta.
O jovem havia sido levado pela abominação, que agora investia contra o chão a toda velocidade.
O olhar do homem grisalho refletia uma mistura estranha de decepção, ressentimento e medo.
A vida nunca foi fácil, ela demandava força, resiliência e velocidade, por isso, por muitas gerações, os humanos evoluíram para sobreviver, adaptando se a dura realidade desse mundo.
Saltando sobre uma grande rachadura na madeira, que mais parecia uma ravina.
Encolhendo os membros, abraçando os joelhos, dessa forma, desviou por pouco de um Gavial que disparou por baixo.
O bico do bastardo cortava o ar, como se tivesse plena convicção de que empalaria o soldado.
O homem aterrissou do outro lado com uma cambalhota desajeitada, mas sem perder o embalo. A inércia o fez rolar e levantar-se novamente.
A queda do cadáver sem cabeça foi dramática. Muitas penas se desprenderam do corpo, que ricocheteou na madeira e rolou até próximo do Verme. Alguns ossos rasgaram a pele cinzenta do odioso pássaro, revelando feridas avermelhadas pelo sangue.
Correndo com passos firmes, o homem curvou-se, pegou uma pena grande e preta no chão, levantou os olhos enquanto puxava uma faca curva da bainha afivelada à cintura.
Ele investiu para frente e saltou.
A ponta da pena e a faca cravaram-se fundo na carne esponjosa e mucosa do Verme, que se debateu em agonia.
Os músculos do soldado grisalho se contraíram sob a pele, os agrupamentos musculares bem nítidos sob a pele.
No mesmo momento o Verme inclinou-se, esmagando o velho contra o chão. A parte inferior da criatura ainda estava escondida no buraco na madeira, e ela se contorcia para se livrar do "carrapato" que a atacava.
O homem gemeu, sentindo seus ossos estalarem. A pele de seus braços foi dilacerada pelo movimento do Verme contra o chão. Suas vestes gastas e rasgadas pelas várias escaramuças cederam, revelando a pele clara de suas costas, que também foi ralada na madeira.
O Verme roçou contra o chão em uma meia lua e, subitamente, ergueu-se. O velho cedeu momentaneamente à dor, deixando escapar um grito abafado.
A inércia o deixou de pernas para o ar, ainda segurando a faca e a pena. Engolindo o sangue que encheu sua boca, o homem tremeu e apertou os punhos.
Sem fraquejar, ele arrancou a faca e a cravou
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EyDreLiael
FantasyLiael da raça humana fica preso em um HAtemporal enquanto fugia de uma criatura anormal que caçou ele e seus companheiros, ela chocou de uma rocha que continham leis antigas da formação da realidade. A sua eventual saída do HAtemporal conecta sua bo...