Em uma dança que não se faz amor

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             Eu não vi quando as mãos deslizaram pelo corpo, mas eu percebi a tatuagem do escorpião perto do ombro que seguia até o pescoço. Passei a língua tentando sentir o veneno e senti o arrepio do grande garoto. Ele me colocou em seu colo tirando a minha blusa, enquanto se sentava na cama macia daquele minúsculo quarto. Nossos olhares se cruzaram e faiscaram em puro desejo. A boca dele foi direto em meu seio direito e a mão no seio esquerdo.

              Ele gEmeU, Eu gEmI, gEmeMoS e mAis... E maIs... e maiS... mAaAaaaaaAAAAaaa...ai...Ai...ai...is

              Senti a mão se enroscar em meus longos e negros cabelos ondulados e puxou de leve, me deixando eriçada. Me levantei, como em uma dança que não se faz amor, ele se despiu e ainda conseguiu me admirar enquanto lambia os meus lábios, degustando seu petisco salgado depois de beber gasolina como refeição. Quando ele colocou o pau para fora, bem na minha boca, salivei. Era um membro rígido, bem desenhado, torto para a direita, minha língua foi diretamente lá e desceu na

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                No vai e vem, babei e me acabei, era uma oxitocina daquelas que não se encontra em nenhuma cápsula, não havia receita. Caio encostou sua mão em meu queixo e me puxou suavemente para outro beijo, a língua quente o fazia sentir seu próprio gosto e desejar por mais. Sentei naquela rigidez pétrea e cavalguei a ferrari de músculos, enquanto sentia a língua arrodear minha auréola, levei um tapa na nádega esquerda que me fez quase gozar. A cama não ousava gritar mais do que eu, porém batia na parede como tambores. Em algum momento ofegante já no ápice, tremi involuntariamente e satisfeita deitei ao lado banhada de fluidos viscosos.

                 O peito subia e descia, Caio cobriu o rosto avermelhado com seu braço tatuado e sorriu de forma maliciosa. "Caralho, que macho." Nossos corpos ainda sofriam de lapsos involuntários e cada mão passada, era um arrepio diferente. O odor de nós preencheu o cômodo, respirei fundo me viciando naquela sensação. Eu desejava mais, passei a mão agarrando as bolas e amaciei.

                — Cacete, assim você acaba comigo, garota. — Ele disse ofegante e me beijou puxando meu cabelo.

               Sorri enquanto deslizei a mão pelo peito esculpido por deus, o celular vibrou no short jogado no chão, me ergui para pegar o aparelho e paralisei ao ver o visor.

Chico.

Tremi.

O coração gritou seu nome.

Chico?

Não, Vitor. Mas que caralho!

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