VI

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Tudo bem, Regulus não se sentiu envergonhado quando se masturbou na escola, ou transou com James em todos aqueles lugares da casa

Quer dizer, como poderia? Estava ocupado demais sentindo um prazer que jamais imaginou ser capaz para realmente reparar no que estava acontecendo

E não se sentia envergonhado agora, não via motivo para tal. Sabia que não estava em seu total juízo - sua mente parecia completamente em branco, sequer podia pensar em outra coisa se não fosse sentar no Potter até aquele calor infernal passar

Além do mais, James era uma perdição

Como poderia se sentir envergonhado do que fizeram? Quando queria que aquilo se repetisse?

Mas, agora, deitado no sofá de James após ele ter fechado a porta, Regulus percebia que, com sua mente sóbria, ele realmente se tocou pensando no Potter sem o efeito daquele cio estranho

Ele realmente se masturbou no sofá da casa do Potter - foda-se que, na noite anterior, Regulus estava quicando sobre o tal "bulbo" inchado do Potter, que o Black apelidou carinhosamente de: Nó

Parecia realmente um nó de cadarço, então o nome era justo. Embora se sentisse bobo para compartilhar o nome com o Potter

Mas, agora que estava pensando sobre aquilo, aquela coisa viscosa continuava saindo de sua bunda

Como era mesmo? Ah, sua lubrificação natural

Era tão... estranho - olhou para baixo, vendo suas coxas meladas como seus dedos

Era viscoso, grudento e... transparente. Era como gozo só que sem a tonalidade esbranquiçada, parecia uma panela grande cheia de água com poucas gotas de leite dissolvidas

Riu sozinho com a comparação, observando seus dedos melados. James provou aquilo na noite anterior, disse que tinha um gosto parecido com vinho - o que surpreendeu o Black, não sabia que o maior bebia

Levou os dedos ao nariz, cheirando hesitante. Sentiu o rosto corar, sua mente o julgando por ter tal curiosidade

Olhou ao redor, forçando as costas para conferir se James não entraria pela porta de repente. Olhou a pontinha de seu dedo, hesitando uma lambida curta e de teste

Quando o fez, seu rosto se contorceu em nojo

Expressão essa que logo se desmanchou em uma gargalhada envergonhada de si mesmo

Girou no sofá, cobrindo o rosto com a mão limpa, escondendo o rubor de suas bochechas ao encarar sua lubrificação novamente - que parecia estar sorrindo maldosa para ele, o julgando por ser um curioso

Não sabia como James gostou daquilo, tinha um gosto terrível - riu baixinho, perdendo o foco no olhar ao lembrar do maior

O sorriso torto recheado de pintinhas nos lábios e ao redores. Seu toque carinhoso e delicado, como se Regulus fosse uma borboleta que pousou em seu dedo e o mínimo toque errôneo o fizesse voar para longe. Seu olhar... Seu olhar definitivamente era apaixonante - suspirou

Era divertido, um tom brincalhão e carismático de alguém que faria os mais inteligente comentários para alegrar seu dia. Um olhar radiante como seu sorriso, pois o maior sorria com os olhos, algo verdadeiro e contagiante. E, quando não portava aquele brilho divertido, James tinha um olhar profundo, mas tão difícil de mergulhar

Como um lago congelado, que o impede de mergulhar em suas águas, mas é possível ver as profundezas por trás deles

Suspirou outra vez

Então percebeu que precisava de um banho. Se levantou do sofá e rumou o banheiro da casa

Vasculhou os armários em busca de uma toalha limpa, iniciando pelo armário abaixo da pia

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