4 - A Minha Menina.

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"A roseira já deu rosasE a rosa que eu ganhei foi ela

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"A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela..."

☆✮★

ISADORA POV

Nós chegamos no meu condomínio pouco tempo depois. E assim que passamos pela portaria percebi como Sandy olhava as casas que passavam pela janela enquanto eu dirigia.

— Gostou? — Perguntei mantendo o olho na rua.

— A sua casa vai ser desse jeito também? — Ela me perguntou com um olhar surpreso. Eu sinceramente não estava afim de quebrar o suspense e dizer a ela que minha casa na verdade era a maior e mais valiosa daquele condomínio. Um dos presentes dos meus pais, além da Lamborghini que mantia na garagem.


— Mais ou menos, eu diria. — Me limitei a resposta. Não tive tempo de dizer muito coisa mesmo, afinal, logo chegamos. A faixada clara e iluminada da minha casa contrastava com a escuridão da noite. Apertei o controle que descansava no painel do carro e logo o portão branco da garagem se abriu.

Além da Mercedes-Benz branca que estava dirigindo, a Lamborghini Huracan cinza também estava lá dentro. Ela ficava coberta com uma capa onde tinha o símbolo do carro na frente, eu usava apenas para corridas de vez em quando por isso deixava assim.

— Caramba. Pelo visto você gosta de carros, né? — Sandy disse assim que estacionei do lado da Lamborghini e fechei o portão. Antes que respondesse desci do carro e dei a volta para abrir a porta do passageiro. A verdade era que ela não tinha visto nada. Desde pequena sempre fui apaixonada pelo mundo automotivo, e além dos dois carros reais que tinha na garagem também tinha inúmeros carrinhos de brinquedo em um quarto projetado especialmente para aquela coleção dentro de casa.

— Sempre gostei na verdade. Desde de pequenininha. — Pisquei para Sam enquanto fazia um gesto de cavalheirismo com os braços para que ela saísse do carro.

— Você acredita que alguns ainda ousam dizer que eu tenho a personalidade de um homem hétero? E eu levo isso como uma tremenda ofensa. — Estava tentando a todo custo cortar o clima estranho que pairava pelo ar. Queria que a Sam se sentisse o mais confortável possível.

— Eu gostei da sua paleta de cores. Combina com você. — Ela disse olhando em volta e aparentemente ignorando a piadinha que eu tinha feito. Mas ela estava de fato certa, eu tinha uma paleta favorita. Não era atoa que meus carros, minha casa, minhas roupas, e até mesmo meu próprio cabelo seguiam todos o mesmo padrão. Branco, cinza ou vermelho.

— Você não viu nada ainda. Meus amigos comparam minha casa a um hospício. — E eu não menti. Toda vez que algum amigo meu entrava alí eles faziam a mesma piada, exclusivamente por minha casa ser inteira em tons claros. Mas o que eu poderia fazer se era o que eu gostava?

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