Algumas histórias começam no início.
A nossa, começa aqui.Com uma menina especial.
Becky's pov:
Eu já estava escondida desde que terminei de tomar café.
"Mamãe e papai não me acharam até agora, nunca vão me encontrar" era o que eu pensava.- Te peguei! - levanta a toalha da mesa
- Não valeu, eu tava distraída mamãe! - sai de debaixo da mesa rindo e se justificando
- Eu nunca fui a melhor de todas no jogo de esconder, mas da próxima vez lembre de esconder seus pés.
- Eu prometo.
- Rebecca, vem aqui com a mamãe um minuto. - diz se sentando no sofá com um pouco de dificuldade por conta do tamanho da barriga.
- O que foi mamãe? - se senta também
- Sabe que dia é hoje?
- Meu aniversário!
- Acertou - coloca a mão no rosto sardento da pequena - Foi o dia que a vida me presenteou com a garotinha mais linda e importante do mundo, mesmo eu não sabendo disso ainda. - move os dedos no rosto dela de uma forma carinhosa - quero que se lembre disso sempre, ok?
- Vou lembrar. - coloca as pequenas mãozinhas sob as da mulher e dá um sorriso - Mamãe, como eu nasci?
- Eu lembro que há seis anos, em um dia frio eu e seu pai estávamos sentados na sala, eu tava lendo uma revista e seu pai um jornal. A lareira estava acesa, mas mesmo assim a gente tava com cobertores. - pega as mãos dela - Então, eu escutei um bebê chorando alto do lado de fora da nossa casa. Eu e seu pai fomos até lá, abrimos a porta e eu te vi. Meu coração se encheu de alegria e felicidade, como nunca havia sentido antes. Eu te peguei no colo e fechei a porta, você parou de chorar logo em seguida. Você é forte Ursinha Becky, o mundo vai reconhecer isso um dia.
Eu não entendi muito bem o que a mamãe falou naquele dia, mas eu era pequena, não iria entender naquele momento, só sei que lembraria disso mais tarde. Ouvi barulhos na porta da frente, "papai tinha chegado!" foi a primeira coisa que pensei antes de sair correndo pela casa.
- Papai! - vem correndo e pula no colo do homem que a abraça.
- Minha ursinha está crescendo rápido! - abraça Becky - Quantos anos mesmo?
- Assim! - levanta seis dedos das mãos
- Meu Deus, você é quase uma adulta agora. Sabe o que isso significa?
- O que?
- Vou te ensinar a lutar e a fazer tudo que for preciso para se proteger. Acha que tá pronta?
- Claro! Eu quero aprender a lutar e vou salvar o mundo.
- Isso, pequena. Pense alto, eu confio em você.
Mal sabia eu que com a chegada daquele novo ano, tudo iria virar um completo caos.
Minha vida era perfeita.
Eram apenas eu, meu pai, minha mãe, e, em breve, meu irmão ou irmã.
Quem dera que fosse para sempre assim.Naquela noite, o sono não queria me pegar de jeito nenhum. Abri a porta do meu quarto e ouvi meus pais conversando na cozinha, parecia ser algo sério;
Era algo sério.- A crise no mundo está se espalhando rápido demais, quase já não tem comida ou suprimentos nos supermercados. - o homem andava de um lado para o outro na cozinha.
- Não devia estar falando em notícias ruins no aniversário da nossa filha. - a mulher diz terminando de lavar o último prato que restara na pia.
- Rebecca está dormindo, essa é a realidade agora. O mundo está acabando rápido, não posso protegê-la de tudo e logo teremos que conversar sobre isso com ela. E se ficarmos doentes?
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𝐂𝐨𝐫𝐚çõ𝐞𝐬 𝐒𝐞𝐥𝐯𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 - 𝐁𝐞𝐜𝐤𝐲
Fanfiction𝙀𝙢 "𝘾𝙤𝙧𝙖çõ𝙚𝙨 𝙎𝙚𝙡𝙫𝙖𝙜𝙚𝙣𝙨" 𝙈𝙖𝙙𝙙𝙞𝙚, 𝙪𝙢𝙖 𝙝í𝙗𝙧𝙞𝙙𝙖 𝙖𝙙𝙤𝙡𝙚𝙨𝙘𝙚𝙣𝙩𝙚, 𝙚 𝘽𝙚𝙘𝙠𝙮, 𝙪𝙢𝙖 𝙨𝙤𝙗𝙧𝙚𝙫𝙞𝙫𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙙𝙚𝙩𝙚𝙧𝙢𝙞𝙣𝙖𝙙𝙖, 𝙨𝙚 𝙖𝙥𝙖𝙞𝙭𝙤𝙣𝙖𝙢 𝙚𝙢 𝙪𝙢 𝙢𝙪𝙣𝙙𝙤 𝙥ó𝙨-𝙖𝙥𝙤𝙘𝙖𝙡í𝙥𝙩𝙞𝙘𝙤. 𝙊...