Incógnita

11 Folga

Rebecca Patrícia Armstrong

Estou acordada a algum tempo pensando nas possibilidades e nas coisas que pretendo fazer durante o decorrer do dia, quando meu celular vibra.

Irin: Bom dia Paty, hoje é o nosso tão sonhado dia, está pronta para curtir a noite em Bangkok?

- Eu não acredito, não vou a Bangkok nem a pau hoje. – Sento na beirada da cama com o celular em mãos. – Como vai escapar dessa Rebecca? – Dedilho o celular freneticamente.

Becky: Bom dia, esqueci totalmente dessa viagem, não podemos deixar isso para o próximo mês não?

- Vai, Irin diz que sim, diz que está ocupada e que entendi vai, só dessa vez, me ajuda. – Olho para o celular e mentalizo para que como em um passe de mágica, ela fosse me responder positivamente.

Irin: Não senhora, você prometeu, então as 8hrs da noite passo em sua casa.

- As vezes eu odeio a Irin. – Jogo o celular na cama. – Espera as 8hrs da noite? Ainda posso curtir meu dia. – Sorrio alegremente, pego meu celular e mando minha última mensagem a Irin.

Becky: Como assim? Vamos de avião? Que coisa boa não queria ficar, quase 10hrs aguentando tu reclamando da viagem no meu ouvido.

Jogo o celular na cama novamente e vou ao banheiro fazer todas as minhas necessidades básicas, termino de me arrumar e quando vou recuperar o celular, escuto batidas na porta. – Entra. - Olho para a porta e vejo que se trata de Oliver. - Oi filho,  tudo bem?

- Mommy, mamãe não está aqui, procurei por toda casa e nada dela. – Oliver fala sem fôlego, todo vermelho. – O que vamos fazer Mommy e se levaram ela? – Ollie começa a fazer cara de choro.

- Calma meu amor, Freen deve está bem. Se acalme, ok? Espera um segundo. – Com o celular em mãos, disco a um dos seguranças. - Bom dia, vocês viram a Freen? – Respiro aliviada. – Ok, fico no aguardo, tchau.

- Meu amor a Freen saiu para correr de manhã cedo, alguns seguranças estão com ela não precisa se preocupar, tudo bem? – Faço carinho em sua bochecha avermelhada.

- Tem certeza, Mommy? (Em inglês). – Seus olhinhos vermelhos, brilhavam com lágrimas contidas.

- Sim meu bebê, daqui a pouco ela aparece para tomarmos café da manhã juntos. – Sorri para ele. – Vamos descer?

- Ainda vamos esperar a mamãe né? (Em coreano). – Havia dúvidas em sua expressão.

- Claro meu amor. – Dei uma olhada rápida na tradução.

Descemos juntos para a sala e Ollie enquanto esperava a Sarocha, resolveu tocar piano, isso mesmo as 7:30 da manhã meu filho resolveu tocar piano. Estava distraída que nem ouvi a porta sendo fechada só acordei do transe em que me impus com as palmas que Freen lançava ao Oliver. – Que lindo Ollie, bom dia meu amor.

Ollie não esperou mais um único segundo e se lançou nos braços de Freen. – Ei calma garotão assim você me derruba. – Sarocha deu uma desequilibrada. – O que aconteceu? – Perguntou intrigada.

- Achei que você tinha me abandonado mamãe, devia ter me avisado, eu sou o homem da casa lembra? (Em mandarim). – Vejo um desconforto passar rápido por seu rosto, entretanto ela trata de esconder rápido e acaba por dar um sorriso amarelo.