Qual o sentido de viver? Não há sentido na vida, já que todos teremos o mesmo final, qual seria a novidade? Aproveitar a vida? Aproveitar o que? Só se vê pessoas focadas em trabalho, dinheiro e fama. Focados em coisas que não serão levadas com eles, com coisas que não se têm na essência da alma. Eu vivo ou sobrevivo? Eu, o mesmo que critica o homem ganancioso, trabalho e trabalho para receber um mísero prêmio no final, prêmio este que apenas me alimenta, alimenta o meu corpo, porém minha alma, continua faminta, faminta do realmente viver, não o sobreviver. Sim, todos temos o mesmo fim, mas será que as memórias são levadas juntas a nossa alma? Eu queria viver, viver a vida de uma maneira tão intensa, sentir tudo com abundante intensidade, experimentar o bom, o que é bem pouco na atualidade, que esse mundo nos oferece. Queria poder dançar ao ritmo de uma vida melódica calma e serena, mas só ouço uma canção triste e angustiante, aquela monótona que se enjoa fácil, o mesmo som do motor do ônibus, as vozes, os passos acelerados, a chuva misturada com fumaça industrial, todo dia a mesma música entediante e deprimente. Portanto, qual o sentido da vida? Se a minha própria melodia foi desfeita? Agora não danço, eu desabrocho a cada dia. Viver ou sobreviver? Prefiro a morte.
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Palavras que saem da alma
Poetryse você quer se emocionar ou ficar sem dormir por 5 dias, esse livro é pra você! Aqui estão poesias que escrevi em momentos importantes da minha vida, coisas que me marcaram, ou, até mesmo, que me inspiraram a escrever. Boa leitura!