Palácios, Bailes e Promessas. •JIKOOK

Eu suplico

👑🐰Jungkook narrando

Eu estava furioso. Andava de um lado para o outro na sala, com os punhos cerrados e os olhos brilhando de raiva. 

O baile da noite passada, grandioso e imponente, havia sido uma farsa monumental arquitetada por minha mãe. Ela havia escolhido uma noiva para mim, sem minha permissão, sem meu consentimento.

— Como pôde fazer isso, mãe? — vociferei, minha voz ressoando pelas paredes da sala. — Você prometeu me dar tempo, prometeu me deixar decidir!

A Duquesa Min-Seo, sempre calma e serena, olhou para mim com um semblante firme, sem perder a compostura.

— Eu avisei a você, Jungkook — respondeu ela, a voz tão afiada quanto uma lâmina. — Disse que se você não escolhesse, eu o faria.

— Mas escolher uma noiva sem sequer me consultar? — Socando a mesa próxima, fiz os objetos sobre ela tremerem. — Isso é ultrajante!

— Você precisa entender suas responsabilidades — continuou minha mãe, impassível. — O futuro do nosso título, da nossa família, depende de suas escolhas. E, francamente, você não deixou muita alternativa.

Respirei fundo, tentando conter a tempestade dentro de mim. Pensava em Jimin, em todas as promessas que fiz a mim mesmo sobre lutar por nosso amor, sobre não ceder às pressões familiares.

— E Jimin? — Perguntei, a voz agora carregada de uma tristeza profunda. — Ele não significa nada para você?

Minha mãe hesitou por um momento, mas sua expressão permaneceu dura.

— Jimin é uma distração perigosa, Jungkook. Um caminho que só traria problemas. Você sabe disso tanto quanto eu.

— Você não entende nada duquesa — respondi, minha voz um sussurro cheio de dor. — Não se trata apenas de responsabilidade ou dever. Trata-se de amor. Algo que você claramente esqueceu.

Eu olhei para minha mãe, com raiva e dor se misturando em meu coração. Precisava de mais, precisava que ela entendesse.

— Mãe, você acha que eu não sei? — minha voz saiu mais baixa, mas carregada de emoção. — Sei que ama o irmão do pai. Nem consegue esconder a forma como olha para o tio Seokjin. Quantas vezes desejou que estivesse no lugar da esposa dele?

A expressão de minha mãe mudou de repente, seus olhos se arregalando com um misto de surpresa e vergonha.

Antes que pudesse responder, ouvi passos pesados e então a porta se abriu com força.

Meu pai, Duque Jeon Hae-Jin, entrou na sala. Seus olhos estavam escuros e cheios de raiva.

— O que você disse? — Sua voz era um rugido, e ele avançou rapidamente, me agarrando pelo colarinho. — Como ousa falar assim com sua mãe?

— Chega! — sua a voz gélida. — Você está desonrando nossa família com essas tolices. Sua mãe fez o que precisava ser feito. Você vai aceitar sua responsabilidade como herdeiro e ponto final.

Minha mãe estava pálida, as mãos tremendo levemente. O ambiente estava carregado de tensão, e eu sabia que não haveria mais espaço para diálogo ali.