Capítulo 12

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Quem já leu a original deve ter percebido que mudei o final do capítulo passado. Enfim, irei mudando algumas coisas.
Se tiver comentários posto outro 👀
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Pov: Samantha

Estava no banho quando a campainha começou a tocar enlouquecidamente. Droga, cadê a Pérola nessas horas? Saí do banho e coloquei uma roupa qualquer. Quem seria a essa hora? Andei pela mansão a passos rápidos. Quem for o puto que estiver atrás daquela porta vai morrer, hoje!

Abri a porta com todas as minhas forças, com a maior cara de raiva.

— Stephen? — O homem estava parado com o rosto todo sangrando. — Que horror, o que aconteceu? Por que está com a cara toda... desfigurada? — O bicho já não era lá aquelas coisas, e depois disso, piorou pra ele.

— Posso entrar?

Dei passagem para ele.

[...]
— Eu não acredito — falei entre dentes.

Stephen acabara de me contar que Andrea, Andrea, minha melhor amiga, e minha mãe estavam juntas, literalmente juntas em todos os sentidos. Por isso, aquela conversa toda vez que eu citava que queria minha mãe Miranda e minha mãe Luana juntas novamente.

— Pois pode acreditar.

— E você, seu nojento, não deveria agarrar minha mãe. — empurrei seus ombros, sem fazer efeito.

Andrea deixou o coitado acabado. Aquela vadia estragou a cara do homem. Estava puta, por que não me contou? Por que escondeu de mim? Eu não estava com raiva delas estarem juntas, mas por não confiarem em mim. Eu entenderia completamente. Ou não? Eu sei lá, estou puta.

Expulsei Stephen da minha casa. Tomei água para me acalmar. Mas eu entendo. Eu não parava de dizer que queria minhas mães juntas novamente, e talvez minha mãe tivesse ficado insegura de me falar sobre as duas. Mas hoje ela não me escapa. Ela vai me contar tintim por tintim.

Fiquei ali na sala assistindo televisão até escutar a porta sendo destrancada. Desliguei a TV. Eu sabia que era minha mãe.

— Filha? — Ela estranhou me ver em casa tão cedo. — Você não iria sair hoje? — Não respondi. — Tá tudo bem?

— Tudo mil maravilhas, não poderia estar melhor!

Debochei.

— Okay... nada bem aqui. — Vi ela colocar o sobretudo em cima do encosto do sofá. — Quer me contar o que aconteceu?

— Eu acho que quem deveria me contar alguma coisa é você, não acha? — Cruzei os braços e as pernas.

— É... do que está falando?

Sonsa.

— Não venha bancar a cínica comigo. Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. — Levantei. — Eu sei de tudo, okay?

— Tudo o que? Você poderia ser mais clara?

Sorri debochada.

— Você e Andrea. — A sala ficou em silêncio total; só se podia ouvir o som das nossas respirações.

— C...como?

— Stephen. — Revelei. Não tinha por que mentir. — Ele veio aqui mais cedo e me contou tudo.

Vi ela murmurar um "Filho da puta."

— Então é verdade, huh? Você não iria me contar? Esconderia isso de mim até quando, mãe? — Falei entre dentes.

— Sim, estamos juntas, e eu iria te contar. — Admitiu.

— Quando, Miranda? Quando iria me contar?

— Logo.

— Quanto tempo? — Arqueei a sobrancelha. — Quanto tempo que estão juntas?

— Um mês e algumas semanas, mas estamos namorando há um mês e alguns dias. — Explicou, jogando as cartas na mesa.

Por isso os arranhões, por isso Andrea não queria me contar quem era a tal pessoa, por isso as duas sumiam do nada. Tudo se encaixa agora. Como pude ser tão burra? Estava na minha cara o tempo todo, e eu não via os sinais, as mudanças de humor de minha mãe quando eu falava ou mostrava alguma garota para Andrea.

— Então o buraco é mais embaixo. — Me sentei novamente. — Vamos, estou esperando você me contar como isso aconteceu?

Pov: Miranda

— Tudo começou na boate onde nós beijamos pela primeira vez. Depois foi tudo muito rápido, nós nos envolvemos, nós nos apaixonamos.

— Se apaixonaram?

— Sim, filha.

— Ela tem idade pra ser minha irmã. — Bufou. — Não minha madrasta.

— Eu tentei, Samantha, tentei de todas as formas, mas quando eu vi, já estava ali envolvida naquela garota doce e gostosa que é sua amiga.

— Isso ela é mesmo. — Concordou. — Voltando. — Estralou os dedos.

Eu não estava entendendo minha filha.

Mas okay.

— Então, foi algo involuntário, aconteceu e foi isso. — Suspirei. — Eu não queria que você soubesse dessa forma. Andrea e eu íamos conversar sobre isso hoje de manhã, só que Stephen nos interrompeu e aí me beijou na frente da Andrea e acabou com o rosto todo quebrado.

— É, eu vi, tadinho. — Falou com ironia. — Andrea vai vir aqui amanhã e vai pedir a sua mão para mim.

— Vai? — Perguntei.

— Sim.

— Okay... então você está de boa? Eu estar namorando a sua amiga?

— Melhor amiga. — Corrigiu. — Estou analisando a situação.

Me levantei e Sam se levantou junto comigo. Abracei-a e falei:

— Obrigada, filha, por me entender.

Ela me abraçou de volta, mas não respondeu nada. Eu já sabia que ela estava de boas com aquela situação, só estava se fazendo de difícil por ser a última a saber.

 Eu já sabia que ela estava de boas com aquela situação, só estava se fazendo de difícil por ser a última a saber

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A mãe da minha melhor amiga - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora