Estou no apartamento de João, Clara foi dormir na casa de umas amigas esse final de semana, estamos sentados no sofá com os gatos entre nossas pernas enquanto comemos uma pipoca amanteigada que eu fiz para nós dois. Comemos e agora estamos sentados colados no sofá assistindo Vermelho, Branco e Sangue Azul.
Na televisão da sua sala passa a cena em que o príncipe da Inglaterra está cantando uma música do Queen em um karaokê enquanto o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona cada vez mais por ele. Nós assistimos a cena deitados em seu sofá, estou com João com sua cabeça em meu ombro atrás de conforto.
- Acho que o Alex deveria ter ido cantar junto, imagina a cena deles cantando olhando um para o olho do outro com uma paixão que chega a ser palpável - João diz levantando sua cabeça de meu ombro e lançando seu olhar diretamente ao meu.
- Claro que não, essa cena mostra como a música e a arte conseguiu unir ainda mais as almas deles. Mostra o exato instante que Alex se apaixonou por Henry - digo com uma seriedade extrema, como se estivéssemos realmente participando de algum tipo de debate. Minha expressão de seriedade faz João rir - Você calado é um poeta, João. - digo meio sem jeito como que para me redimir da minha seriedade.
- Por que? - ele diz rindo confuso.
- Por que toda vez que eu te beijo e calo essa sua boca me sinto como se me afundasse na poesia mais sublime das poesias - afirmo olhando para ele e me arrependo instantaneamente, acho que foi a coisa mais brega que já saiu da minha boca.
- Meu Deus que brega Pepê - ele diz sorrindo pequeno.
- Olha quem fala, você ama ser brega.
- Amo mesmo - ele diz sorrindo e se aproxima de mim me dando um selinho demorado.
Volta sua cabeça para meu ombro e continua a assistir o filme. Alguns minutos se passam e ele se levanta de meu ombro apressado.
- Essa história se parece um pouco com uma que eu conheço. - ele afirma apontando a televisão com a cabeça em um sorriso vitorioso, como se estivéssemos batalhando pra ver quem é mais romântico/brega.
Meu coração se aquece de uma maneira tão calma e confortável, que me sinto em casa.
- Qual história você 'tá falando? - digo me fazendo de bobo, sei exatamente o que ele vai dizer e isso me aquece.
Minhas mãos estão em seu maxilar, faço carinho na região olhando no fundo de seus olhos brilhantes sorrindo de orelha a orelha.
- A nossa bobinho. - ele afirma sorrindo pequeno e me dando um selinho demorado, logo se move para cima de meu colo, colando seus lábios na minha pele, em meu pescoço, espalhando beijinhos por lá.
Aperto sua cintura e mais uma vez nossas bocas se conectam, em um alinhamento de almas.
Tem pessoas na vida que adentram em nossa alma em um instante mas que analógo a essa velocidade, parecem que irão permanecer para sempre na nossa vida, enquanto nossa eternidade durar. É isso que João me faz me sentir.
Minha língua se enrola para dizer algo que ansio a muito tempo. Um nó na minha garganta se faz e quase desisto de falar mas o semblante e o sorriso de João me olhando curioso me dá a coragem que eu preciso.
- Eu te amo João. - afirmo com as mãos em sua cintura. Ele faz uma expressão de surpresa e mais uma vez aquele nó se faz em minha garganta. - Me desculpa, sério me desculpa mesmo - minha voz treme ao sair, escapo de seu abraço - foi algo que eu falei de forma preciptada, a gente se conhece mas tão pouco tempo.... - uma lágrima escapa de meus olhos.
- Meu bem, você não têm que se desculpar por me amar - ele diz fazendo carinho em minhas costas. - Eu também te amo Pepê, demais. Nunca tenha vergonha ou medo de amar, meu amor. 'Tá me escutando? - ele diz segurando meu pescoço com suas mãos me fazendo olhar diretamente para seu rosto, e me aconchega mais uma vez naquele abraço curador.
O filme passa de fundo, como se ele fosse a trilha sonora da nossa história de amor.
Pov' narrador - dia seguinte
Mais uma vez dormiram lado a lado, acordaram e estão fazendo o café da manhã, ovos mexidos e mocaccino de canela da máquina de João.
- Acho impressionante como você consegue fazer um ovo mexido dar errado - Pedro diz rindo para João o mostrando a torrada levemente torrada que o cantor fez.
- Desculpa eu sou um péssimo cozinheiro - João afirma desajeitado.
- Achei um defeito seu finalmente né - Pedro diz, o que faz João se aproximar do mesmo e te dar um beijo demorado.
Comem juntos enquanto conversam sobre os mais variados assuntos. Algum tempo se passa e João diz que sua filha está chegando e que seria melhor Pedro ir pra sua casa e eles saírem de noite, o diretor concorda e assim vai em direção à sua casa.
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E ai meus amores, o que estão achando??
Só queria agradecer a todos que estão lendo até aqui e dizer que adoro cada um de vocês e que seus comentários sempre me motivam a continuar, muito obrigada por comentarem e podem fazer isso a vontade!!
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É isso, um beijo para vocês💜
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O amor não se esconde
Romantiekonde Pedro é um professor de teatro que dá aula para a filha de um cantor famoso ou onde jão se apaixona pelo professor de teatro da sua filha