O Acordo

57° Capítulo

Joseph

O dia amanheceu com uma chuva fraca, o clima frio ainda persistia. Era domingo, Jonathan passaria o dia com suas primas na casa da minha mãe, o que era bom, depois de ontem ele merecia um tempo com outras crianças.

Katy me contou que precisava sair a noite e me convidou.

-É um reencontro da turma, fazemos isso todos os anos. - Ela preparava as coisas do Jonathan. - Não vai ser legal eu chegando lá sozinha agora que todos sabem que eu sou "casada".

Eu intercalava entre olhar para ela e digitar mensagens para Pedro. O mesmo viajou para Itália a algumas semanas para resolver alguns dos assuntos pendentes.

-Josh, eu sempre vou para as suas festas e conferências de gente rica e você não pode fazer o que eu estou pedindo ao menos uma vez?

Ela fechou a mochila com força e logou para quando percebeu que o Jonathan não estava ligado a situação.

-Ok, Stella, eu vou com você.

-Obrigada!

-Espera. - Chamei antes dela sair. - Só me chame de Josh quando eu estiver dentro de você.

-Ok, Josh.

Só não arranquei seu moletom porque a conversar com Pedro era mais importante.

Pedro : "Joseph Salvatore, a máfia italiana está furiosa com você. Alguém anda espalhando boatos nada positivos, é melhor prestar atenção."

Eu tenho quase certeza que Gian está por trás de tudo isso, mas não posso apontar um culpado assim sem ter certeza. Não sei como Gian fez tudo isso sem ter deixado algo passar, ele é mais esperto que eu imaginei.

Só não é mais esperto que eu.

Terminei de falar com Pedro e fui para o carro esperar por Katy e Jonathan, eles apareceram minutos depois. Ela com uma mochila de dinossauro nas costas e ele correndo animado para o banco traseiro.

-Animado?

-Sim! Papai, eu gosto muito de ficar com as minhas primas.

Jonathan é o único neto masculino da minha mãe, todos eles tem quase a mesma idade, cresceram juntos e aprenderam juntos. Eu fico feliz em levá-lo para brincar com suas primas, uma criança crescer ao lado de outras, é algo muito importante.

-Gostei de você com essa mochila.

Ela revirou os olhos.

-Poderia ir se... - Ela não concluiu.

-Se...?

-Nada.

Ela nem teve mais a oportunidade de falar algo, Jonathan tagarelou o caminho todo, eu fingia prestar atenção na estrada quando ele falava as coisas mais banais possíveis, claro que eu prestei atenção em algumas. Já Katy conversava mais animada que o próprio Jonathan, ela leva jeito com crianças.

-Casa da vovó!

-Jonathan! - Tentei chamá-lo quando ele correu.

-Deixa, ele é só uma criança.

-Parece que todas as crianças gostam de você.

-Eu sempre fui a mais velha, era tarefa minha ficar cuidando dos mais novos. Acho que isso nunca mudou.

Eu gosto da ideia de Katy ficar com o meu filho, ele gosta muito dela. Mas eu acho que já meti ele demais nessa história, não quero ver meu filho chorando porque outra mulher o abandonou.

-Oi, casal.

Minha mãe aparece com a roupa mais chique possível.

-Mãe, tem certeza que vai cuidar das crianças hoje?