Futuro - O Fim

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Me perdoem, esse capítulo demorou mais do que eu gostaria, mas não foi negligência... acontece que a vida é feita de imprevisibilidade, não é mesmo?

No dia 12/06 (sim no dia dos namorados) sofri um acidente de trânsito e o veículo onde estava acabou capotando, fiquei presa entre as ferragens, uma loucura enfim e mediante aos infortúnios, sai desse acidente e desse dia, diferente... primeiro agradecida pela vida e segundo objetivando priorizar aquilo que de fato importa e tem maior valor aqui... o tempo!

Estou bem, e sem filosofar muito... mas esse capítulo sofreu alguns ajustes após o ocorrido, não em sua essência... afinal ele já estava forjado em meu coração a muito tempo atrás, mas pequenas mudanças nas falas dos personagens... são pinceladas sutis, que retratam essa estação que vivo, afinal já dizia... (enfim não sei quem disse isso) mas todo artista deixa um pouco de si na sua obra!

Obrigada aos que esperaram... eu desejo uma incrível leitura, pois com muito prazer eu lhes entrego o Último Capítulo de Destinos Improváveis 💚

Ao som de: Feels like Home - Canção de Chantal Kreviazuk

É uma música romântica, mas que não necessariamente deve ser lida assim, a letra é forte o bastante e representa não apenas um, mas todos os personagens, protagonistas dessa bela e longa história, a música fala basicamente sobre se sentir em casa ao lado de alguém, sobre solidão e sobre reencontros. Seja sensível!

Sim... essa canção é sobre Poseidon e Medusa, Sobre Antony, sua mortalidade e Catarina, é sobre as irmãs camponesas e principalmente sobre Snape e Shara!

Boa leitura 💚

_Eu escolho... - sua voz tremeu, mas ela encontrou forças dentro de si... de onde achava que não poderia mais ter, e então Shara apontou para a borboleta que parecia brilhar mais intensamente, e todos os olhos se voltaram para ela e consecutivamente para a mesma direção... Sim lá estava a borboleta branca, a borboleta que representava Medusa em toda a sua essência, e como se pudesse sentir o peso dos olhares sobre si, a borboleta voou graciosamente até a sua mão... e naquele instante, cheio de dúvidas, de dor e de incertezas a borboleta saltou e girou no ar, fazendo com que uma onda de energia percorresse todo o seu corpo e Shara experimentou algo que não lhe cabia, ou que não era apenas seu, era como se todas as guardiãs do passado estivessem emergindo através de uma só, histórias, memorias, marcas, e de alguma forma, aquilo parecia validar e até mesmo intensificar ainda mais a sua tão custosa e difícil decisão... era loucura, mas o tempo parecia parar enquanto a borboleta principal se conectava com ela e com todas as outras ali... e frações de vidas, flashbacks de tantos momentos... que não lhe pertenciam, mas que faziam parte de um elo... e pareciam se fechar... encontrando o exato momento no tempo... para encerrar o ciclo que havia sido imposto por aquela terrível maldição.

De repente, um vento forte varreu todo o espaço, despertando sua atenção para algo novo, preocupada Shara procurou a expressão dos demais, mas ninguém ali parecia se importar de fato com a mudança que estava ocorrendo, talvez Poseidon... pois ele sorria em tempo também chorava, já seu pai estava absorto em meio ao sobrenatural... Antony e as irmãs camponesas, contemplavam toda aquela mudança sem se abalar... e foi naquele caos magico que uma figura emergiu de dentro do vento, com olhos que cintilavam como estrelas... e ela parecia confusa, como se não acreditasse que aquilo pudesse ser mesmo real... talvez, ela nunca tenha acreditado naquilo de verdade... talvez ela achasse que aquele dia jamais chegaria... afinal fazia tanto tempo agora.

_Medusa... - Shara sussurrou, para ela...

_Shara... Como? - a voz de Medusa ecoou, ela havia dito o seu nome, o peso das palavras parecia estar carregado de dor e tristeza. - Por que fez isso?... por que me escolher? Você não vê?... esta era a sua chance, a única oportunidade de estar com sua mãe novamente, de ser feliz, em família... o que você fez? - ela disse ao lhe lançar um olhar de incredulidade, e aquilo doeu... não por que Medusa havia dito, mas sim por que ela tinha razão sobre aquela ser a única oportunidade... Shara respirou fundo, suas lágrimas ainda escorrendo pelo rosto... ela olhou diretamente nos olhos de Medusa, sentindo a profundidade da dor dela... ela não se sentia merecedora daquela escolha, ou talvez ela apenas não queria ter que lidar com tanto novamente... era difícil dizer... mas Shara notou que ela sequer havia procurado o olhar do seu pai, Poseidon, e também não havia manifestado nenhum interesse em ver Antony e as suas irmãs... sim ela carregava magoas profundas, de algo que lhe foi imposto... das inúmeras injustiças em sua história e Shara não podia julgá-la por isso.

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