Capítulo 2

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Com essas palavras, Camargo saiu da sala do chefe, com uma mistura de determinação e nervosismo. Ele sabia que a pressão estava sobre ele, mas estava determinado a superá-la e trazer o responsável por esses terríveis crimes à justiça.

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O carro sedã prata estava parado embaixo da árvore diante do maior centro de comércio da cidade, enquanto os dois ocupantes analisavam as pessoas que andavam por ali.

— Aquele. — Disse um deles.

Os dois desceram do carro caminhando determinadamente até a sua vítima daquele momento, mantendo uma expressão séria e determinada. Enquanto se aproximavam, observavam cuidadosamente cada movimento ao redor, certificando-se de que não estavam levantando suspeitas.

O alvo escolhido estava distraído, navegando em seu telefone enquanto andava pelo movimentado centro comercial. Ele parecia alheio à presença dos dois homens se aproximando dele.

Quando chegaram mais perto, um dos homens estendeu a mão e tocou levemente o ombro do alvo, chamando sua atenção. O homem ergueu o olhar do telefone, surpreso com a abordagem inesperada.

— Desculpe incomodar, senhor, mas poderia nos ajudar com algumas informações? — disse o outro, mantendo um tom calmo e persuasivo.

O alvo pareceu hesitar por um momento, avaliando os dois homens diante dele. Percebendo sua chance, um dos homens deu um passo à frente, bloqueando sutilmente a rota de fuga do alvo, enquanto o outro manteve uma postura intimidadora ao seu lado.

A tensão no ar aumentou à medida que o alvo percebeu a situação em que se encontrava. Ele tentou recuar, mas foi rapidamente cercado pelos dois homens.

— O que vocês querem? — perguntou o alvo, sua voz carregada de nervosismo.

Os dois trocaram um olhar rápido antes de avançarem em direção ao alvo, prontos para executar seu plano cuidadosamente elaborado. Um dos indivíduos, o mais alto e robusto dos dois, avançou um passo à frente, enquanto o outro permaneceu ao lado, pronto para agir se necessário. O mais próximo do alvo fixou os olhos nele com uma expressão séria, transmitindo uma aura de determinação e ameaça contida.

— O que queremos é muito simples. Queremos que você venha conosco sem perguntar. — Sua voz era firme e autoritária, deixando claro que não havia espaço para argumentos.

O alvo engoliu em seco, seu nervosismo tornando-se ainda mais evidente. Ele olhou ao redor, procurando por uma rota de fuga, mas os dois indivíduos estavam bem posicionados para bloquear qualquer tentativa de escape.

— Eu... Eu não sei do que estão falando. Eu não fiz nada! — protestou o alvo, sua voz trêmula.

O indivíduo à sua frente apenas balançou a cabeça com desaprovação, como se estivesse acostumado com esse tipo de resposta. Ele avançou um pouco mais, aumentando a pressão sobre o alvo.

— Não estamos interessados em desculpas ou negações. Apenas venha conosco e evite problemas para si. — Sua voz era calma, mas carregada de uma ameaça implícita.

O alvo olhou desesperadamente em volta mais uma vez, mas sabia que não tinha outra escolha a não ser obedecer. Com um suspiro resignado, ele assentiu, indicando sua rendição.

Com uma facilidade extrema, os dois levaram a vítima para o carro e, antes que ele entrasse completamente no veículo, um dos indivíduos lhe deu uma pancada na cabeça, fazendo-o desmaiar.

A pancada foi desferida com uma força calculada, visando neutralizar a vítima sem causar danos excessivos ou deixar evidências físicas óbvias. A precisão do golpe sugere um conhecimento anatômico considerável, possivelmente adquirido através de treinamento específico ou experiência prévia em situações semelhantes.

O impacto da pancada foi suficiente para fazer a vítima desmaiar instantaneamente, indicando um conhecimento profundo sobre os pontos fracos do corpo humano e a quantidade exata de força necessária para incapacitar temporariamente uma pessoa. A vítima caiu no banco traseiro abruptamente, seu corpo desmoronando com a mesma rapidez com que havia sido atingido, enquanto os perpetradores agiam com uma eficiência quase mecânica, prontos para prosseguir com seu plano sem hesitação. Os dois subiram na parte dianteira do veículo e o motorista falou.

— Seu turno começará em breve, você precisa ir para o trabalho, não podemos deixar pontas soltas.

A resposta do outro indivíduo foi apenas um assentimento silencioso, indicando uma comunicação eficiente entre os dois, baseada em gestos e entendimento mútuo. Não havia espaço para questionamentos ou hesitação; cada ação era realizada com uma determinação calculada, como se estivessem seguindo um protocolo meticulosamente planejado.

Sem perder tempo, os dois seguiram em direção ao imóvel que servia como sua base de operações, mantendo-se vigilantes e alerta, conscientes da necessidade de agir rapidamente para evitar qualquer possibilidade de serem detectados ou interrompidos em seu plano. Cada passo era dado com uma precisão quase mecânica, destacando a profunda experiência e familiaridade que tinham com esse tipo de situação.

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