𝖈𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖔𝖟𝖊

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𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐎𝐙𝐄

Sinta a fúria chegando. Estamos nos esgotando, irmãs.

Nenhum lugar para correr de todo esse estrago.

Nenhum lugar para se esconder de toda essa

loucura, loucura, loucura.

madness  ruelle

Ivy estava radiante enquanto se virava, mostrando orgulhosamente sua roupa de Quadribol para Varya. Seus cabelos loiros caíam sobre os ombros, e contra a cor esmeralda da casa Sonserina, pareciam brilhar ainda mais do que o habitual. Elas estavam sentadas no quarto, e Elladora estava na cama de Varya, mexendo nas unhas com indiferença.

— Sabe — Varya começou, de repente explodindo em risos. — Às vezes, penso que você pode ser parente dos Malfoy; vocês se parecem tanto.

Ivy fez uma careta, mas Elladora sorriu com a ideia, assentindo para confirmar seus pensamentos. — Concordo, mas não ficaria surpresa se fossem.

— Por quê? — Questionou a garota de cabelos negros, pegando um livro da mesa de cabeceira ao lado da sua cama. Ela vinha visitando a biblioteca com bastante frequência nos últimos dias, tentando encontrar algum tipo de livro que pudesse explicar a estranheza do começo da semana. Até agora, não tinha sido bem-sucedida, mas ao olhar para o livro Monstruosidades Mais Macabras, sentiu a esperança pulsar em seu corpo.

— Você não estava ciente da intensa consanguinidade que ocorre entre os Sagrados Vinte e Oito? Eu ficaria surpresa se metade de nós não fosse primo distante ou algo do tipo. — Respondeu Elladora, revirando os olhos para o olhar que Ivy lhe lançou.

— Caramba, Selwyn, não diga isso!

— Por quê, com medo que Black seja seu primo de terceiro grau?

Varya deixou que discutissem ao fundo, já acostumada com suas travessuras. Jogou-se na cama, abrindo o livro e apreciando a sensação da encadernação de couro contra suas palmas. Elladora se moveu para dar espaço a ela na cama, então olhou para o que ela estava lendo.

— O que você está estudando? — Ela perguntou, tentando espiar o título.

— Monstruosidades Mais Macabras — respondeu Varya, virando outra página do livro enquanto a folheava. Os olhos de Elladora se arregalaram, mas se ela pensou em algo, não disse uma palavra.

A voz doce de Ivy veio do outro lado da sala, pedindo a Varya que a ajudasse a tirar os pelos de gato do uniforme. Elas tinham treino em poucos minutos, e a garota estava correndo pela sala com pressa, tentando colocar tudo em ordem.

Elladora revirou os olhos para a garota, e Varya se levantou para ajudar sua amiga. — Essa é a minha deixa para sair. — Disse a garota de cabelo cereja enquanto balançava os pés da cama para o chão. Varya se despediu dela e foi até sua outra colega de quarto, cujos olhos estavam lacrimejando e ligeiramente inchados.

— Tem que ser pelo de gato — disse ela, puxando o uniforme. — Está deixando minhas alergias loucas.

— Mas eu não consigo ver nenhum — admitiu Varya, passando os dedos pelo tecido da camisa à procura de cabelo. — E além disso, ninguém aqui tem um gato.

— O terrível colega de quarto do Alphard tem, ele o esconde sempre que eu visito, mas eu juro, Varya, se aquele ratinho colocou as patas no meu uniforme de Quadribol — resmungou Ivy, com as palavras sussurradas entre os dentes cerrados.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋𝐒 | 𝐓𝐎𝐌 𝐑𝐈𝐃𝐃𝐋𝐄 {+𝟏𝟖}Onde histórias criam vida. Descubra agora